Arginina: o que é, quais os benefícios e para que é indicada?

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arginina

Nas últimas décadas, a arginina tem sido foco de estudos na comunidade científica por estar envolvida em diversas funções bioquímicas e fisiológicas no organismo humano. Ela é indicada, principalmente, quando falamos da preocupação em melhorar o desempenho físico, com o propósito de reduzir a fadiga durante a execução de um exercício intenso, sem contar que a arginina também é citada ao falarmos sobre a creatina, uma vez que se encontra vinculada ao processo de produção dessa substância. (1,2,4)

Neste conteúdo, a protagonista é a arginina, então continue a leitura para saber mais sobre ela, conhecer outros benefícios, em quais situações é indicada e, claro, onde encontrá-la.

O que é a arginina e quais funções ela exerce?

A arginina é um aminoácido condicionalmente essencial para humanos, pois, em determinadas condições metabólicas, como um pós-trauma grave ou sepse (uma síndrome inflamatória sistêmica grave e infecciosa que pode levar a falência de órgãos), ela deixa de ser produzida pelo organismo em quantidade suficiente para suprir sua necessidade. Então, nessas situações, é importante buscá-la através de outras fontes, como a suplementação e alimentação. (4,5,6)

Dentre suas funções específicas, a arginina exerce o papel de converter a amônia em uréia (substância produzida pelo fígado e filtrada pelos rins) para ser eliminada pela urina e fezes, reduzindo seu potencial efeito tóxico, e participar da produção de óxido nítrico, que possui ação vasodilatadora, o que contribui para a função cardiovascular e na modulação da resposta imune. Além disso, a arginina atua nos processos inflamatórios, síntese de colágeno na cicatrização de feridas e outras adaptações fisiopatológicas. (3,4,5)

Embora seja condicionalmente essencial para humanos, a arginina tem importante participação durante as fases de crescimento (gestação, infância, adolescência), agindo por meio de ganho de massa muscular; em ocorrências de traumas, com melhora da cicatrização de feridas e aumento na resistência cicatricial; no sistema endócrino, ao aumentar a liberação de GH, insulina e glucagon; no aumento da síntese proteica; biossíntese de outros aminoácidos; ciclo da ureia na desintoxicação da amônia e na produção de óxido nítrico, já citados. (6)

Diante da deficiência de arginina no organismo, o indivíduo pode sofrer com sintomas de astenia (sensação de fadiga e debilidade generalizada, semelhantes à distrofia muscular) e diminuição da produção de insulina, alterando o metabolismo da glicose e do lipídeo hepáticos. Por outro lado, o excesso pode levar a diarreia, dores estomacais e dores de cabeça. (6)

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Quais os benefícios da arginina para o organismo?

A importância da arginina para o equilíbrio orgânico pode ser percebida pelo aumento da sua requisição durante condições de estresse e por suas propriedades farmacológicas. (7) Dentre os benefícios da arginina para o organismo, destacamos cinco: 

1 – Aumento da imunidade

A suplementação de arginina estimula o timo e provoca a produção de linfócitos (um tipo de célula de defesa do organismo) nessa glândula. Um grupo de pesquisadores japoneses relatou que células imunológicas de seres humanos saudáveis, incubadas com excesso de arginina in vitro, demonstraram um aumento de três vezes na atividade das células de defesa e aumentos igualmente significativos em outras atividades imunes desejáveis. Portanto, a arginina pode ajudar a tratar doenças que afetam o sistema imunológico. (8)

2 – Combate ao câncer

Evidências apontam que a arginina pode inibir o crescimento de diversos tumores. Em termos de regressão, crescimento mais lento e menor incidência, mais de uma dezena de tumores diferentes foram inibidos em trabalhos com animais. (8)

3 – Desenvolvimento de músculos e queima de gordura

A arginina aumenta a secreção do hormônio de crescimento, que, na corrente sanguínea, ajuda a queimar gorduras e desenvolver a musculatura. Esse aminoácido ajuda a manter um equilíbrio adequado de nitrogênio, funcionando como veículo ao transporte e armazenamento, favorecendo a excreção de seu excesso. (8)

4 – Aumento da fertilidade masculina

Em uma pesquisa, mais de 80% dos homens que apresentavam baixa contagem de esperma responderam favoravelmente à suplementação de arginina. Sendo assim, há uma  relação entre a baixa contagem de esperma e dietas deficientes em arginina. (8)

5 – Tratamento da artrite e desordens do tecido conjuntivo

Como a arginina é um componente do colágeno, e ajuda na construção de novas células dos ossos e tendões, esse aminoácido pode apresentar resultados benéficos no tratamento da artrite e de desordens do tecido conjuntivo. (8)

arginina

Para que a arginina é indicada?

Além de ser inserida nos benefícios que listamos, a arginina também pode ser indicada para:

  • Nos casos de necessidade de liberação do hormônio do crescimento; (8)
  • Nos casos de imunodepressão, aumentando o número de linfócitos T; (8)
  • Na cicatrização de queimaduras e outros ferimentos; (8)
  • Como hepatoprotetor, desintoxicando o organismo; (8)
  • Para estimular o pâncreas a liberar insulina; (8)
  • Na prevenção de doenças cardiovasculares; (1)
  • Como auxílio diagnóstico na avaliação da função hipofisária; (8)
  • Nos casos de impotência. (8)

Onde encontrar arginina?

A arginina pode ser encontrada em alguns alimentos que são fontes de proteínas, como carne, peixes, frutos do mar, frango, sementes de girassol e de abóbora, pistache, castanha-de-caju e aveia. (3)

Agora que você já conhece um pouco mais sobre a arginina, o que acha de compartilhar com mais pessoas para que elas também descubram os benefícios e indicações desse aminoácido essencial para o bom funcionamento do organismo? Isso é Vital! 

Fontes:
  1. FAYH, Ana Paula Trussardi. Efeitos da suplementação de L-arginina e do exercício em cicloergômetro sobre a função endotelial e estresse oxidativo em indivíduos com diabetes tipo 1. 2005. 154 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) – Escola de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. Disponível em:<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/6525/000531319.pdf?sequence=1>. Acesso em 14 jun. 2022.
  2. SALES, Ricardo Pombo et al. Efeitos da suplementação aguda de aspartano de arginina na fadiga muscular em voluntários treinados. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 11, n. 6, 2005. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbme/a/CvSnBRKZ4swnxW4yDjGrsrm/abstract/?lang=pt>. Acesso em 14 jun. 2022.
  3. CORTER, Diana. Docente do curso de Nutrição fala sobre a L-arginina ao Portal Viva. Centro Universitário São Camilo. Disponível em: <https://saocamilo-sp.br/noticias/docente_do_curso_de_nutrio_fala_sobre_a_l_arginina_ao_portal_viva_bem>. Acesso em 14 jun. 2022.
  4. NOVAES, Maria Rita C. Garbi; BEAL, Fabiani L. Rodrigues. Farmacologia da L-arginina em pacientes com câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 50, n. 4, p.321-325. Disponível em: <https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2010/1232>. Acesso em 14 jun. 2022.
  5. ENOKIDA, Daniel Massaharu. Exercícios físicos e nutracêuticos na hipertensão. 2018. 105 f. Relatório Técnico (Mestrado em Exercício Físico na Promoção de Saúde) – Universidade Pitágoras Unopar, Londrina, 2018. Disponível em: <https://repositorio.pgsskroton.com/bitstream/123456789/20709/1/Relat%C3%B3rioT%C3%A9cnico_Daniel_Enokida.pdf>. Acesso em 14 jun. 2022.
  6. FREIRE, Thayana da Conceição; ARAÚJO, Maria Lúcia Diniz. A utilização da arginina em pacientes com sepse. Rev. Bras. Nutr. Clin, v. 27, n. 1, p. 36-42, 2012. Disponível em: <http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2016/12/06-A-utiliza%C3%A7%C3%A3o-da-arginina-em-pacientes-com-sepse.pdf>. Acesso em 14 jun. 2022.
  7. TORRINHAS, Raquel Susana. A suplementação com arginina é danosa ou importante em cirurgia? Nutritotal Pro, 2007. Disponível em: <https://nutritotal.com.br/pro/imunonutricao-em-cirurgia-a-suplementacao-com-arginina-e-importante-ou-danosa-em-cirurgia/>. Acesso em 14 jun. 2022.
  8. INFINITY PHARMA. L-arginina aminoácido. Disponível em: <https://dermomanipulacoes.vteximg.com.br/arquivos/L-Arginina.pdf>. Acesso em 14 jun. 2022.

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