Celebrar a Vida

Na rotina de hospitais encontram-se pessoas com adversidades, doenças, vítimas de tragédias em seu mundo físico e mental, com dor, sofrimento e alguns terminam em morte. É possível constatar como a vida é efêmera. Alguns segundos ou minutos são suficientes para mudar a história do destino de uma pessoa. Através da observação e da intuição constata-se que no decorrer de suas vidas elas perdem oportunidades de se reconciliarem com o seu seres interiores, com suas essências e despertarem suas consciências. Na interação com pacientes hospitalizados e familiares, percebe-se em seus semblantes frustração, decepção, desespero, tristeza, medo, angústia, remorso, ressentimento e rejeição.
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Você tem o hábito de celebrar a vida?

Na rotina de hospitais encontram-se pessoas com adversidades, doenças, vítimas de tragédias em seu mundo físico e mental, com dor, sofrimento e alguns terminam em morte. 

É possível constatar como a vida é efêmera. Alguns segundos ou minutos são suficientes para mudar a história do destino de uma pessoa. Através da observação e da intuição constata-se que no decorrer de suas vidas elas perdem oportunidades de se reconciliarem com o seu seres  interiores, com suas essências e despertarem suas consciências.

Na interação com pacientes hospitalizados e familiares, percebe-se em seus semblantes frustração, decepção, desespero, tristeza, medo, angústia, remorso, ressentimento e rejeição.  

 A psiquiatra Elisabeth Kubler Ross, em seus estudos identificou cinco estágios da tristeza. 

A negação acontece quando a pessoa se recusa a aceitar uma séria adversidade ou um estágio avançado de uma doença;  sente raiva ao se conscientizar da gravidade do fato; negociação ocorre ao negociar com ela mesmo ou com Deus uma solução; depressão aparece ao perceber sua fragilidade e aceitação ao ter convicção de sua impotência para mudar a situação.

Em suas pesquisas, perguntava aos pacientes em estágios terminais de várias doenças: do que estava arrependido em suas vidas? A resposta em sua grande maioria foi: das coisas que não fizeram e  de não terem sido mais audazes. Foi observado que nestas circunstâncias as pessoas, se arrependem por não celebrarem em suas vidas. 

A maioria delas deixam de agradecer pelos dons, talentos e competências inatos e adquiridos.  Os sábios pregam celebrar a vida a cada momento de passagem pela terra, pela capacidade e o privilégio de pensar, decidir, sonhar, andar, falar, sentir o olfato, degustar, ouvir, comer, trabalhar, exercitar, escrever, ler, dirigir, vestir, pintar, tocar instrumento musical, dançar, esculpir, sorrir, imaginar, visualizar e viver. Recomendam não esperar a perda de uma função, de um  sentido, de um membro, órgão, de um ente querido, amigo ou o aparecimento de uma situação indesejável e irreversível para aí sim começar valorizar o que se priva e nem sempre se recupera.

As pessoas negligenciam o sorriso de uma criança, um olhar no horizonte, vento no rosto, o por do sol, a luz da lua e estrelas, a água da chuva, dos rios, dos lagos do mar; o perfume de uma flor, o canto dos pássaros, a sombra, frutos, flores de uma arvore; a cumplicidade dos animais, a solidariedade humana,  abraço, empatia e carinho de um ser humano. 

Quantos perdem a oportunidade de celebrar cada segundo, minuto, hora, dia, ano, ao postergarem seu tempo em futilidades?

A vida regida pela impermanência, costuma trazer muitas surpresas, quanto menos se espera. No decorrer dos acontecimentos percebe-se que se não muda de forma espontânea e consciente as situações da vida costumam acontecer por impacto e dor.  

O presente é o único momento para agir e onde a vida acontece. Quantas vezes você foca em um mundo ilusório ao viver no passado com sentimentos de culpa, saudade, arrependimento, ressentimento e rejeição; ou no futuro com ansiedade, preocupação, e esperança.

Ao focar no presente e escolher celebrar a vida no aqui agora você percebe o momento real e verdadeiro.  Ao trazer vosso corpo e mente para a consciência do agora, você não só deixa de perder energia, mas aumenta a capacidade de a acumular. 

As  pessoas passam pela vida no automático. Ficam em atitude passiva, esperam o porvir, sem importar com os acontecimentos. Reclamam quando estão frente a situações desagradáveis, inesperadas, porém permanecem indiferentes, inertes e sem ação. 

Procuram comemorar e celebrar só os grandes acontecimentos da vida, como nascimento de um filho, passar no vestibular, primeiro trabalho, casamento, a compra de uma casa ou de um carro.

A celebração da vida deve ser realizada a todo instante, a começar por pequenas coisas do dia a dia, do nascimento a morte. Pessoas gratas celebram a cada dia, cada respiração, cada refeição, superam atitudes e obstáculos desencorajadores, lidam melhor com traumas, adversidades, tem confiança, autocontrole, motivação, entusiasmo e auto estima elevada

 Abandonar a ilusão, resistir aos conflitos interiores, trilhar o caminho da realidade ao viver no aqui e agora, e  aprender a ser grato, celebrar e fluir em harmonia com a existência é uma dádiva que a vida oferece.

Reflita: o que te faz adiar a  celebração da vida? O que espera, o tempo passar?

Eduardo Carlos da Silva
Neurocirurgião e Coach
CRM: 36865

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