DHA: 4 benefícios desse ômega 3 que você precisa conhecer

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DHA

A sigla DHA não é estranha, né? Talvez, agora, você não tenha ideia do que seja, mas, com certeza, após descobrir o que é, verá o quanto o DHA é essencial para a sua saúde.

DHA significa ácido docosahexaenóico e ele faz parte dos três ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (AGPICL). Além do DHA, também temos o EPA (ácido eicosapentaenoico) e o ALA (ácido alfa linolênico). Vamos entender melhor sobre eles?(1,2)

Ômega-3: DHA, EPA e ALA

Para entender o que é o DHA, precisamos entender o que é o ômega-3.

O ômega-3 é uma gordura poliinsaturada (também chamada de ácido graxo poliinsaturado) que o corpo não consegue produzir sozinho e que é muito benéfica para a saúde do nosso organismo. Ele é dividido em três tipos: DHA, EPA e ALA. (3)

É possível encontrar o DHA e o EPA em alimentos de origem animal, enquanto o ALA está presente em alimentos de origem vegetal, como a linhaça e chia.(4)

Mais sobre o DHA

Como dissemos anteriormente, o DHA pode ser encontrado em alimentos de origem animal, mas quais seriam esses alimentos? Peixes gordos, como a sardinha, a anchova, o atum e o salmão são ótimas fontes desse ácido graxo. Ele também é encontrado em microalgas que, além de serem ricas em DHA, são consideradas uma fonte ecológica desse ômega.(2)

O DHA pode agir na retina e também é um ótimo aliado para o cérebro. Para você ter ideia, ele é tão importante que, quando o feto está dentro do útero da mulher, ele já começa a agir. Vamos falar um pouco sobre isso? (2,5) 

Imagem Ilustrativa

DHA e o desenvolvimento infantil

O DHA é muito importante antes mesmo do bebê nascer. Já no útero, o DHA contribui para o desenvolvimento saudável dos neurônios do feto, sendo especialmente importante nos últimos três meses de gestação. Isso porque o cérebro do feto começa a se desenvolver mais rápido e mais da metade da ingestão de nutrientes vai para o cérebro do feto nesse período. Como o DHA não é sintetizado pelo organismo, ele é passado para o feto por meio da placenta da mãe. É importante que a gestante adquira DHA suficiente para que haja uma reserva para o feto crescer e para, posteriormente, garantir níveis suficientes para o DHA ser passado por meio da amamentação. (2)

Após o bebê nascer, a ingestão de DHA continua sendo importante. Já foi comprovado que ele contribui para a função cognitiva, para o desempenho visual e também para a saúde cardíaca. Por falar em função cognitiva, foi comprovado também que quando as mães estão amamentando e consomem DHA no nível adequado, o desenvolvimento infantil dos seus filhos acabam tendo melhores resultados. Crianças de dois anos tiveram melhoras na coordenação entre mãos e olhos e crianças de cinco anos apresentaram melhor capacidade de concentração. (2)

Como os benefícios em bebês e na primeira infância já eram comprovados, pesquisadores de Oxford realizaram um estudo com 360 crianças que comprovou que crianças entre 7 a 9 anos, suplementadas com 600 mg DHA por dia durante 16 dias,  tiveram efeitos significativos na leitura e na memória em comparação às crianças que tomaram o placebo. Quando usamos DHA de algas, o comportamento das crianças melhorou muito, segundo relato dos pais. (2)

E o cérebro dos adultos?

Não é só o cérebro dos bebês e das crianças que é beneficiado com a ingestão desse ácido graxo. Adultos também precisam consumi-lo para que a atividade cerebral se mantenha em boas condições. Pessoas que ingerem altos níveis de DHA ômega-3 podem diminuir o risco de desenvolver doenças neurológicas como mal de Alzheimer e demência. Além disso, a memória também pode ser beneficiada. (2)

Fora isso, um estudo feito pelo neurofisiologista Fulvio Scorzada Unifesp mostrou que o ômega 3 auxilia quem sofre por conta da epilepsia refratária – quando os medicamentos para limitar as crises não funcionam direito. Isso acontece porque o ômega 3 ajuda a controlar a perda de neurônios e estimula a formação de novas células, fazendo com que quem sofre com epilepsia refratária tenha menos crises. (3,6)

Já idosos que ingerem DHA têm um atraso em manifestações de falhas cerebrais.(3)

Imagem Ilustrativa

DHA e a visão

E não é só o cérebro que se beneficia com o DHA. No começo do texto, citamos rapidamente a retina, certo? Falamos sobre ela porque, como a visão está ligada ao sistema nervoso, o DHA atua no fortalecimento e na formação da retina, fazendo com que as chances de algum problema ocular diminua. (7)

DHA pode ajudar pessoas ansiosas?

Como falamos sobre os benefícios do cérebro, o DHA também pode ajudar quem tem ansiedade. Segundo uma pesquisa feita pela USP, analisando a alimentação de adultos, quem mais consome ômega-3 apresentou menor risco de sofrer de ansiedade se comparado às pessoas que não consomem ou consomem menos do que o recomendado. (4)

E isso tem explicação? Algumas. Como o ômega-3 tem um potencial anti-inflamatório, ele favorece a produção de substâncias resolvinas e auxilia na diminuição da quantidade de citocinas. Ou seja, quando há equilíbrio entre essas substâncias, acontece uma melhora na comunicação entre os neurônios. (4)

Outro estudo, realizado por pesquisadores franceses, mostrou que tanto o EPA quanto o DHA auxiliam na redução da liberação de substâncias como o cortisol, que, quando em excesso, pode causar estresse. (4)

Antes de começar qualquer suplementação, é primordial procurar um profissional da área. Só ele conseguirá te auxiliar e ver quais são as suas necessidades.

Fontes:
  1. SILVA, Deila R. Bentes da; JÚNIOR, Paulo F. Miranda; Soares, Eliane de Abreu. A importância dos ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa na gestação e lactação. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., v. 7, n. 2, p. 123-133, Recife, 2007. Disponível em <https://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v7n2/02.pdf>. Acesso em 02 fev. 2021.
  2. DHA para a saúde da infância à terceira idade. FoodIngredients Brasil, n. 26, 2013. Disponível em <https://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060761094001464961724.pdf>. Acesso em 02 fev. 2021
  3. MANARINI, Thaís. Ômega-3: quando vale a pena tomar. Veja Saúde, 2016. Disponível em <https://saude.abril.com.br/alimentacao/omega-3-quando-vale-a-pena-tomar/>. Acesso em 02 fev. 2021.
  4. PEREIRA, Regina Célia. Ômega 3 pode ajudar contra a ansiedade. Veja Saúde, 2019. Disponível em <https://saude.abril.com.br/alimentacao/omega-3-pode-ajudar-contra-a-ansiedade/>. Acesso em 02 fev. 2021.
  5. LIMA, Mario Ferreira et al. Ácido graxo ômega 3 docosahexaenóico (DHA: C22:6 n-3) e desenvolvimento neonatal: aspectos relacionados a sua essencialidade e suplementação. Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr., v. 28, p. 65-77, 2004. Disponível em <http://files.professorafernandatome.webnode.com/200000097-dbf33dcece/artigo_omega3_neonatal.pdf>. Acesso em 02 fev 2021.
  6. POR QUE o ômega 3 é essencial para a saúde e como previne doenças. Saúde Garantida, 2019. Disponível em <https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/especial-publicitario/saude-garantida/noticia/2019/10/11/por-que-o-omega-3-e-essencial-para-a-saude-e-como-previne-doencas.ghtml>. Acesso em 02 fev. 2021.
  7. BASILIO, Andressa. 5 benefícios do DHA para a saúde e inteligência do seu filho. Revista Crescer, 2013. Disponível em <https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Saude/noticia/2013/11/5-beneficios-do-dha-para-saude-e-inteligencia-do-seu-filho.html#:~:text=O%20DHA%20tem%20uma%20atua%C3%A7%C3%A3o,os%20impulsos%20nervosos%20do%20c%C3%A9rebro.>. Acessoem 02 fev. 2021.

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