Óleos vegetais e óleos essenciais: qual a diferença?

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óleo essencial e vegetal

Se você já ouviu falar em óleo vegetal e óleo essencial, talvez também já tenha achado que eles são a mesma coisa. Essa confusão é normal, mas não, eles não são a mesma coisa!

Existem diferenças entre os óleos vegetais e essenciais e conhecê-las pode te ajudar a entender como cada um deles pode oferecer benefícios para você e sua saúde. Por isso, preparamos esse texto para acabar de vez com essa dúvida.

O que são os óleos essenciais?

Definimos os óleos essenciais como substâncias orgânicas bastante perfumadas e voláteis, que, como vimos, podem ser provenientes de diferentes partes de uma planta. A designação de “volátil” se dá pelo fato de que, quando expostos ao ar (temperatura ambiente), evaporam. (1)

A consistência apresentada geralmente é aquosa e límpida, mas os óleos essenciais podem ficar solidificadas em baixas temperaturas. Os óleos essenciais são solúveis em álcool, éter e outros compostos graxos e não são dissolvidos em água. Quando falamos em coloração, eles podem exibir desde tons claros até fortes e opacos. (1)

Dentre as propriedades dos óleos essenciais, podemos destacar características inseticidas, nematicida, fungistático, antimicrobiano e antifúngico, sem contar que o seu comportamento é parecido com o dos antibióticos, pois podem eliminar ou inibir o desenvolvimento de bactérias e outros microorganismos. (2)

Resumidamente, óleos essenciais são substâncias naturais que se formam dentro das plantas. Quando feitos em laboratórios são chamados de essências e, portanto, somente os naturais têm funcionalidade para aplicação terapêutica. (3) Talvez você já tenha ouvido falar sobre aromaterapia. Se sim, saiba que essa prática terapêutica é realizada com os óleos essenciais!

Em razão de sua uniformidade, estabilidade e higiene, essas substâncias vêm sendo utilizadas, também, na indústria de processamento de alimentos de maneira crescente como substitutos de condimentos na forma natural. Além de serem utilizados na produção de aromas e condimentos alimentícios, podem se tornar ingrediente essencial nas formulações de produtos cosméticos e farmacêuticos. (2)

Os óleos essenciais mais comuns de encontrarmos são: citrus, laranja, limão, anis, erva-doce, hortelã, cominho, cravo, gengibre e alecrim. (2) 

óleo essencial e vegetal

O que são óleos vegetais?

Os óleos vegetais são ricos em ácidos graxos, vitaminas e nutrientes, como os sais minerais. Sua origem se dá a partir  de plantas oleaginosas e extração ocorre por meio da técnica de prensagem a frio, que pode ser feita com grãos, sementes ou frutos. (3)

Estima-se que pelo menos 60% dos óleos vegetais extraídos são utilizados na indústria alimentícia. São compostos, principalmente, por ésteres de triacilgliceróis, que são compostos insolúveis em água e, em temperatura ambiente, possui uma consistência líquida para sólida. (2)

Os óleos vegetais recebem esse nome quando estão em sua forma líquida, porém, na forma sólida, são chamados de gordura. Existem ainda os óleos vegetais provenientes de frutos; a eles damos o nome de azeite, como o de oliva. (2)

Encontramos no mercado, com mais facilidade, os óleos de soja, palma, canola, girassol, milho, algodão, coco e amendoim. O mais utilizado no mundo ainda é o de soja, mas existem diversos outros tipos além desses, como de uva, gergelim, linhaça, entre outros. (3)

Existem diversos estudos que comprovam os benefícios dos óleos vegetais. Eles possuem ingredientes ativos, como ácidos graxos, vitamina E, fitoesteróis, entre outros,  que podem ser utilizados na prevenção e tratamento de uma série de doenças e o número de ativos encontrados em sementes de oleaginosas é impressionante. (2)

Porém, é importante ressaltar que tais benefícios podem se perder parcial ou totalmente dependendo do processo de extração do óleo vegetal, especialmente nos casos em que são feitos processos de refino. Por isso, a importância de se buscar por óleos obtidos por extração a frio, por ser esse o método que preserva as propriedades bioativas de cada óleo.

óleo essencial e vegetal

Uso associado de óleos vegetais e óleos essenciais

Quando, em um tratamento, é preciso realizar a aplicação de óleos essenciais na pele, se faz necessária a associação com uma substância que é chamada de base. É aí que entram os óleos vegetais, pois eles possuem uma afinidade natural com o tecido cutâneo. (1)

A absorção dos óleos vegetais na pele é de modo integral, pois eles se juntam e se misturam aos lipídeos produzidos pela pele, sem deixar um aspecto oleoso, diferentemente da aplicação de um óleo mineral, que é mais impermeabilizante. (3)

Os óleos vegetais são utilizados, geralmente, em massagens corporais, massagens nos pés, tratamentos faciais e capilares e etc. (3)

Muitos consideram que a aplicação de óleos vegetais na pele e cabelos pode aumentar a oleosidade, o que prejudica sua aceitação. No entanto, quando se trata de óleos vegetais puros, isso não acontece, pois eles se integram rapidamente à pele ou cabelo, sem deixá-los oleosos. Quando ocorre a união dos óleos essenciais com os vegetais, eles se mesclam de forma imediata, sem a necessidade de um agente homogeneizador. (3)

Afinal, qual a diferença entre o óleo vegetal e essencial?

Como vimos, apesar de os óleos essenciais e vegetais possuírem semelhanças, como a origem que provém das plantas e a insolubilidade em água, existem diferenças naturais entre os dois, e algumas delas são: (3)

Óleos vegetais: (3)

  • presença de ácidos graxos;
  • podem ser usados em maior concentração em fórmulas cosméticas do que óleos essenciais;
  • não são considerados um princípio ativo;
  • precisam de um antioxidante para conservação;
  • são emolientes e hidratantes;
  • não são voláteis;
  • possuem preços mais acessíveis em comparação aos óleos essenciais.

Óleos essenciais: (3)

  • são considerados um princípio ativo;
  • são autoconservantes e imperecíveis;
  • não são emolientes e hidratantes;
  • são voláteis;
  • possuem preços mais elevados em comparação aos óleos vegetais. 
Fontes:
  1. ANDREI, Patricia; DEL COMUNE, Aparecida Peres. Aromaterapia e suas aplicações. Centro Universitário S. Camilo, v. 11, n. 4, p. 57-68, São Paulo, 2005. Disponível em: <http://www.saocamilo-sp.br/pdf/cadernos/36/07_aromaterapia.pdf>. Acesso em 15 out. 2021.
  2. DOSSIÊ Óleos. Food Ingredients Brasil, n.31, p. 38-55, 2014. Disponível em: <https://www.revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060563192001464890846.pdf>. Acesso em 15 out. 2021.
  3. LODI, Fernanda Gomes. Óleos Essenciais, Vegetais e Essências Sintéticas. Disponível em: <https://www.unicesumar.edu.br/wp-content1/uploads/degustacao/ebook/ebook-material-didatico-terapias-integrativas-e-complementares.pdf>. Acesso em 15 out. 2021.

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