Ômegas e performance esportiva: qual a relação?

Share on facebook
Share on twitter
exercício

A prática de esportes é ideal para colocar o corpo em movimento e superar seus próprios limites. A inatividade física é considerada um fator importante para o desenvolvimento de doenças crônicas, uma vez que o exercício físico pode ajudar a promover saúde e bem-estar quando realizado em intensidade moderada. (1,2)

Para que um atleta consiga melhorar seu desempenho esportivo, é essencial que haja o equilíbrio entre as cargas de treinamento e os períodos de recuperação, prevenindo lesões musculares e outros problemas. (1,2)

Com o intuito de evitar esse incômodo no momento de curtir seu esporte favorito e alcançar as necessidades diárias recomendadas, o uso de nutrientes e suplementos que possam melhorar o desempenho e recuperação pós-exercício físico vem recebendo cada vez mais atenção por parte dos atletas.

Vários componentes naturais dos alimentos têm demonstrado efeitos fisiológicos que promovem a melhora no desempenho esportivo, desde aumentar a capacidade metabólica do indivíduo, retardar o início da fadiga, melhorar a hipertrofia muscular até diminuir os períodos de recuperação. (2,3)

Sendo assim, neste texto, vamos falar sobre como a suplementação com ômegas pode ajudar na performance de quem faz esportes. Mas, primeiro, vamos abordar os efeitos do exercício físico no corpo.

exercício

Você sabe quais os efeitos do exercício físico no nosso organismo?

É de conhecimento de todos que praticar exercícios físicos promove mais saúde e bem-estar, porém, o exercício intenso pode resultar em danos oxidativos aos componentes celulares. O músculo esquelético produz radicais livres e, durante a atividade de contração muscular, essa produção aumenta ainda mais. Desse modo, o exercício crônico caracteriza uma forma de estresse oxidativo para o organismo, podendo provocar um desequilíbrio no balanço entre oxidantes e antioxidantes. (1,3)

O que se sabe é que os radicais livres são considerados fatores causadores de lesões no exercício físico, porém, desempenham funções metabólicas essenciais e efeitos positivos na imunidade. A ação positiva ou negativa desses radicais depende da atividade dos antioxidantes, que impedem efeitos nocivos desses componentes. Então, o processo de geração do estresse oxidativo se dá quando a ação dos antioxidantes é superada pelas atividades dos radicais livres. (1)

O estresse oxidativo está associado a danos musculares e disfunções metabólicas, o que resulta na diminuição do desempenho físico do atleta. Além disso, também pode incitar alterações no funcionamento fisiológico de diversos órgãos, dentre eles o fígado e o coração. Portanto, é muito importante encontrar o equilíbrio durante a realização de exercícios físicos. Nesse sentido, a dieta é um fator de grande relevância na modulação do estresse oxidativo. (1)

exercício

Ômegas como aliados da performance

Já ouviu falar em suplementos ergogênicos? São substâncias utilizadas para auxiliar o desempenho de um atleta, melhorando a eficiência de um exercício, na recuperação ou ajudando na prevenção de lesões. Os ômegas, sobretudo o 3 e o 6, entram nessa classificação. Suplementos nutricionais têm sido cada vez mais utilizados em vários esportes.(2,3)

Ômega 3 e atividades físicas 

A seguir, separamos alguns benefícios do consumo de ômega 3 para pessoas que praticam atividades físicas:

  • O ômega 3 pode ajudar a reduzir a inflamação induzida pela atividade física, melhorar a saúde do músculo e a disponibilidade energética; (3)
  • Essa gordura também pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas, câncer e artrite. Além disso, atua na regulagem da pressão arterial, na coagulação hemática e na tolerância à glicose, sem esquecer do desenvolvimento e funções do sistema nervoso; (3)
  • O ômega 3 também auxilia na atenuação da formação do estresse oxidativo, melhorando o desempenho muscular e a função imunológica. Um consumo maior dessa gordura também melhora a resposta de citocinas anti-inflamatórias; (3)
  • Ainda sobre a propriedade anti-inflamatória do ômega 3, pesquisas indicam que a suplementação dessa substância pode amenizar os efeitos do processo inflamatório no músculo lesionado por meio da síntese dos potentes mediadores químicos da inflamação, como também beneficia a resposta dos atletas aos exercícios de alta intensidade em um treinamento exaustivo. (2)

Ômega 6 e atividades físicas

Os ácidos graxos poli-insaturados ômega-6 são representados pelo ácido alfa linoleico e o ácido araquidônico (ARA), que, por sua vez, tem o ácido linoleico como seu precursor. Esse último também atua como regulador da síntese de proteína do núcleo, no crescimento muscular. O ácido araquidônico pode ser indicado para: (4)

  • Hipertrofia muscular;
  • Regeneração das células moleculares;
  • Melhorar sensibilidade à insulina;
  • Aumentar a força e resistência;
  • Melhorar a proporção corporal (massa magra x massa gorda);
  • Melhorar o desempenho dos atletas.

Níveis reduzidos de ácido araquidônico estão associados com o treinamento de estagnação, declínio, capacidade de estimular o crescimento muscular e dor muscular de início tardio após o exercício. Esse ácido é mais utilizado por atletas que praticam esportes que exigem força anaeróbica, como musculação, natação e corrida. (4)

E mais: o exercício físico regular pode provocar uma redução significativa dos níveis de ácido araquidônico no tecido muscular. A suplementação pode ser uma forma eficaz de apoiar o crescimento muscular e outros efeitos positivos para o exercício. (4)

Percebe-se que, de fato, o ômega 3 e o ômega 6 são excelentes aliados para quem pratica esportes frequentemente. Tendo em vista os inúmeros efeitos que o nosso organismo sofre ao realizar atividades físicas, aliado à necessidade de preservar lesões para que o exercício seja mais prazeroso e possa trazer os benefícios necessários para o organismo, a suplementação alimentar desses itens se torna uma importante aliada.

Fontes:
  1. SILVA, Rayli Maria Pereira da et al. Estresse oxidativo associado à prática de exercício físico com videogame ativo: Suplementação nutricional como fator antioxidante. Research, Society and Development, v. 10, n. 5, 2021.
  2. COQUEIRO, Daniel Pereira; BUENO, Patricia C. dos Santos; SIMÕES, Manuel de Jesus. Uso da suplementação com ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 associado ao exercício físico: uma revisão. Pensar a Prática, v. 14, n. 2, p. 1-15, 2011.
  3. RENKE, Guilherme. Ômega 3: benefícios para quem pratica exercício físico. Eu Atleta, 2020. Disponível em: <https://ge.globo.com/eu-atleta/post/2020/05/07/omega-3-beneficios-para-quem-pratica-exercicio-fisico.ghtml>. Acesso em 25 jan. 2022.
  4. PHD COMÉRCIO IMPORTAÇÃO & EXPORTAÇÃO LTDA. ARA, Arachidonic Acid. Disponível em: <http://laboratorionutramedic.com.br/site/public_images/produto/be7f0667fd9be3943f9749ea816f4beb.pdf>. Acesso em 25 jan. 2022.

Deixe um comentário

Deixe aqui seu e-mail pra receber conteúdos incríveis sobre qualidade de vida.

Share on facebook
Share on twitter

VEJA TAMBÉM

Linhaça ou óleo de peixe? Descubra qual o melhor ômega 3 para você!

Você sempre ouve falar sobre o quanto é importante ingerir as gorduras do bem conhecidas como ômega 3, certo?

Realmente, o Ômega 3 favorece a saúde do coração e circulação, ajuda na redução da inflamação e pode ser benéfico para as condições inflamatórias, tais como artrite reumatoide e doença inflamatória do intestino. Ácidos graxos Ômega 3 também podem desempenhar um papel importante na redução da depressão e de outros distúrbios de saúde mental.

Ômega 3: um ótimo aliado contra o Lúpus

Trazemos aqui uma ótima notícia para quem sofre de Lúpus, uma doença autoimune e que por enquanto não tem cura. O Ômega 3 pode ser um grande aliado!
Quem convive com o Lúpus sabe o quanto é dolorido. O Lúpus Eritematoso Sistêmico, é uma doença inflamatória que pode afetar qualquer órgão ou tecido do corpo, mais frequentemente a pele, as articulações, os rins, pulmões e o sistema nervoso.