Produção sustentável de ômega 3: será que isso é possível?

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Produção sustentável de ômega 3: será que isso é possível?

Por diversas vezes, quando abordamos o esse tipo de ácido graxo poli-insaturado aqui no blog, deixamos claro que as principais fontes de DHA, um tipo de ômega-3, são os óleos de peixe. Será que é possível continuar produzindo esse tipo de alimento/suplemento em larga escala, de maneira sustentável, atendendo à demanda que se faz crescente cada vez mais, sem causar danos à natureza, aos recursos naturais e, ao mesmo tempo, não colocar esses animais em risco de extinção?

Esse é o tema dessa publicação e vamos descobrir agora! Além disso, também vamos falar sobre a busca por outras fontes ricas de ômega-3 que não sejam os animais marinhos, pois se tornam uma alternativa em vários quesitos relacionados à sustentabilidade da produção dessas substâncias tão essenciais para a saúde humana.

Por que o ômega-3 tem sido cada vez mais procurado pelas pessoas?

Como citamos anteriormente e em diversas matérias publicadas aqui, os ácidos graxos são essenciais na saúde do corpo humano e não são produzidos por ele. Por isso, é preciso buscá-lo através da nossa alimentação.

Nos últimos anos, notamos uma maior procura por esses alimentos que são necessários para manter em condições normais as membranas celulares, as funções cerebrais e a transmissão de impulsos nervosos. Além disso, os ácidos graxos poli-insaturados possuem propriedades anti-inflamatórias e antiarrítmicas, estando associados à melhora da saúde cardiovascular. E não para por aí: pesquisas mostram que eles são benéficos para o desenvolvimento visual de recém-nascidos e para a memória dos adultos e muitos outros pontos positivos. (1)

Sendo assim, hoje, não há dúvidas de que o consumo de alimentos ricos em ômega-3 é necessário para nós, humanos. (1)

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Produção do óleo de peixe e sustentabilidade

Apesar de gerar inúmeros empregos e benefícios econômicos, toda atividade produtiva pode impactar o meio ambiente, principalmente, quando é executada inadequadamente, sem planejamento do uso de recursos naturais e estratégias que assegurem o desenvolvimento sustentável. (2)

A piscicultura (cultivo de peixes / ração para peixes) foi o segmento que mais consumiu óleo de peixe em 2014. Somente 24% da produção de óleo de peixe foi utilizado para o consumo na alimentação humana. Em 2013, a demanda do óleo de peixe em piscicultura foi de 772 mil toneladas e estima-se que pode chegar a 898 mil toneladas em 2025. (1)

Para você entender, para manter os níveis altos de ômega-3 nos peixes, é preciso que a alimentação deles seja rica em DHA (ômega-3).(1)

Visto a demanda mundial crescente pelo ômega-3, seja para a alimentação humana ou piscicultura, é preciso entender com fazer isso de uma maneira que não cause a extinção de espécies de peixes e consumo desenfreado de recursos naturais que já estão cada vez mais escassos. Por isso, buscar fontes alternativas à produção do ômega-3 se faz importante e urgente.

Produção sustentável de ômega 3: será que isso é possível?

Como as empresas estão mudando para serem mais sustentáveis?

A partir de tudo que falamos anteriormente, a boa notícia é que existem empresas que se comprometem com os seus valores e buscam, cada vez mais, estar alinhadas com elas em todas as suas frentes.

Vamos dar aqui um exemplo de como algumas delas estão fazendo isso na prática:

A Evonik e a empresa holandesa DSM, após dois anos de construção, finalizaram a criação de uma fábrica que produz, por meio da fermentação de algas marinhas naturais, um óleo rico em ômega-3 para a produção de salmão. (3)

Lembra que falamos que uma grande parte da produção de peixes é destinada para a piscicultura? No caso dessa fábrica, com a produção do óleo proveniente das algas, somente nessa unidade, será possível abastecer de maneira sustentável uma média de 15% da demanda mundial de EPA e DHA (ômegas-3) para a alimentação de salmões, evitando, assim, o uso do óleo de peixe para alimentar esses peixes. (3)

O presidente da Evonik, Christian Kullmann, diz que o objetivo é “fazer uma contribuição inovadora para a nutrição saudável da crescente população mundial sem onerar ainda mais os oceanos”, além disso, ele afirma que, dessa maneira, “é possível reduzir a dependência que a indústria da aquacultura tem dos recursos mundiais finitos do óleo de peixe”. (3)

Com essa solução que demos de exemplo, o óleo de algas permite reduzir a produção do óleo de peixe sem prejudicar o teor de ácido graxo ômega-3 na produção de peixes direcionados para a nutrição humana. (3)

Ser cada dia mais sustentável é Vital!

Por isso, estamos sempre em busca de parceiros que, assim como nós, se comprometem com o desenvolvimento sustentável e a saúde do planeta de maneira responsável e regulamentada.

FONTES: 
  1. FINCO, Ana Maria de Oliveira. Desenvolvimento de bioprocesso para produção de biolipídeos para a indústria de alimentos funcionais. 2015. 116 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Alimentos) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015. Disponível em <https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/48424/R%20-%20D%20-%20ANA%20MARIA%20DE%20OLIVEIRA%20FINCO.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 12 nov. 2020.
  2. ELER, Márcia Noélia; MILLANI, Thiago José. Métodos de estudos de sustentabilidade aplicados a aquicultura. R. Bras. Zootec, v. 36, p. 33-34, Viçosa, 2017. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982007001000004>. Acesso em 12 nov. 2020.
  3. Fábrica exclusiva de ácidos graxos ômega-3 para aquacultura sustentável e produção de salmão. EVONIK, 2019. Disponível em <https://central-south-america.evonik.com/pt/fabrica-exclusiva-de-acidos-graxos-omega-3-para-a-aquacultura-sustentavel-e-producao-de-salmao-115476.html>. Acesso em 12 nov. 2020.

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