5 recomendações para estimular a memória

Todos nós já vivemos aquele momento frustrante de esquecer as chaves do carro, datas importantes e até o nome de alguém que conhecemos. Esses são apenas alguns dos desafios diários que podemos enfrentar com a falha de memória.

No mundo atual, com muitas informações, fazendo várias coisas ao mesmo tempo e sendo distraídos facilmente, lembrar e guardar essas informações ficou ainda mais crucial.

Como a boa memória é essencial para nossa vida, neste texto, vamos compartilhar dicas que qualquer pessoa pode usar para melhorá-la Continue lendo para saber mais! 

A importância da memória para nossa vida

Nossa memória é como um álbum de fotografias que conta a história de quem somos. Cada vez que recordamos ou esquecemos algo, adicionamos ou removemos páginas desse álbum, tornando-o único. (1)

Imagine duas pessoas vivendo a mesma situação, como assistir a um show. Elas podem guardar essa experiência de maneiras diferentes, o que molda suas perspectivas de vida e afeta suas personalidades. (1)

Isso também é verdade para gêmeos idênticos, que podem ser distintos devido às suas próprias vivências e memórias únicas, tornando cada um de nós singular. (1)

Além disso, a memória desempenha um papel crucial em nossa vida cotidiana. Ela nos ajuda a lembrar quem somos e a realizar tarefas diárias. Por exemplo, quando você dirige até o trabalho, precisa lembrar como chegar lá. (2)

Sem a memória, não teríamos ideia de para onde estamos indo, nem reconheceríamos nossos amigos e familiares. Às vezes, realizamos atividades quase automaticamente, como dirigir para algum lugar sem pensar muito no caminho. (2)

Isso ocorre porque fazemos essas ações repetidas vezes e nosso cérebro “aprende” a executá-las sem que precisemos nos concentrar ativamente. A memória é, de fato, nossa aliada para enfrentar os desafios diários. (2)

O processo de memorização requer três fases:

1- Fase de Aquisição

  • Envolve a capacidade de prestar atençã (3)
  • Requer concentração na informação a ser lembrada. (3)

2- Fase de Armazenamento

  • Relaciona-se com a capacidade de aprender e reter informações. (3)
  • As informações são guardadas para uso futuro. (3)

3- Fase de Recuperação

  • Envolve o ato de lembrar. (3)
  • Consiste em resgatar informações, sejam recentes ou nã (3)

Essa habilidade de pegar, guardar e lembrar informações é crucial para o nosso dia a dia. Ela nos ajuda a aprender e lembrar coisas importantes quando necessário, funcionando como um sistema de arquivamento em nossa mente. (4) 

Quais os tipos de memória?

As memórias são formadas pelos neurônios em nosso cérebro. Elas apresentam uma variedade de tipos e categorias, com diferentes maneiras de classificá-las. Uma dessas categorias envolve a diferenciação com base na duração temporal. (4) 

  • Memória de Trabalho: este tipo de memória é como o nosso “bloco de notas mental”. Ela nos permite manter informações por um curto período de tempo, geralmente alguns segundos a poucos minutos. Por exemplo, você pode lembrar um número de telefone apenas até discá-lo. (4)
  • Memória de Curta Duração: também chamada de memória de curto prazo, é um pouco mais duradoura do que a memória de trabalho e pode manter informações por até cerca de 6 horas após a aquisição. Ela desempenha um papel importante em nossa cognição diária, permitindo-nos lembrar o que aconteceu recentemente, como o início de uma conversa ou a leitura de um livro. (4)
  • Memória de Longa Duração: também chamada de memória de longo prazo, é o tipo de memória que nos permite lembrar informações por um longo período de tempo, que pode ser de horas a anos. No entanto, a formação da memória de longa duração leva algum tempo, geralmente de 3 a 6 horas após a aquisição da informaçã (4)
  • Memória Remota: quando uma memória de longa duração persiste por muitos anos, é chamada de memória remota. Essas são as memórias que lembramos mesmo após um longo período de tempo. (4) 

5 atitudes para estimular a memória

A memória também é afetada por emoções, estados de ânimo e níveis de alerta. Quando estamos estressados, ansiosos ou deprimidos, nossa capacidade de formar e evocar memórias pode ser afetada. (4) A seguir, descubra algumas dicas para melhorar a memória: 

1 – Controlar a ansiedade

Nossos sentimentos e emoções diárias afetam nossa memória. Sentir-se feliz, calmo ou de bom humor melhora nossa memória, enquanto estados de ânimo negativos, como ansiedade, podem prejudicá-la. (4)

A ansiedade pode ser útil em níveis moderados, aumentando a concentração, mas em excesso, pode prejudicar a memória. (4) Aqui no blog, já falamos sobre como o ômega 3 pode auxiliar no tratamento de ansiedade. Confira!

2 – Usar o cérebro

O cérebro é como os músculos: quanto menos usamos, mais fracos ficam. Por outro lado, quanto mais usamos o cérebro, mais ele se fortalece. Se não usarmos nossa mente, perdemos a memória, e as conexões entre os neurônios enfraquecem. (4)

Manter o cérebro ativo, aprendendo coisas novas, é como fazer exercícios para o cérebro. E isso é essencial para manter o bom funcionamento deste órgão. Não usar a mente leva à perda de memória, então a chave para conservar a memória é mantê-la ativa e em forma, assim criamos mais conexões entre os neurônios e a memória se mantém saudável. (4)

3 – Dormir bem

O sono é capaz de desempenhar um papel crucial em nossa memória, fortalecendo o que aprendemos e mantendo nossas lembranças saudáveis. Se não dormirmos o suficiente, nossa capacidade de aprender e lembrar pode ser prejudicada. Tentar estudar à custa do sono pode ter o efeito oposto ao desejado. (4)

É importante lembrar que a quantidade de sono necessária varia de pessoa para pessoa, mas a maioria de nós precisa de cerca de oito horas de sono por noite para nos sentirmos bem e alertas no dia seguinte. Portanto, não subestime a importância do sono se quiser ter um bom desempenho na aprendizagem e na memória. (4)

4 – Criar o costume de ler

Ler é uma atividade poderosa para o cérebro e para a memória. Quando lemos, nosso cérebro precisa trabalhar muito, lembrando de palavras, imagens e sentimentos ao mesmo tempo. É como um “exercício para a memória” que é ainda mais eficaz do que passatempos como palavras cruzadas ou jogos repetitivos. (4)

Estudos mostram que pessoas que leem regularmente têm mentes mais saudáveis e podem até atrasar o desenvolvimento de problemas como o Alzheimer. (4) 

5 – Priorizar uma vida plena

Estudos de diversos países enfatizam que o ambiente em que vivemos desempenha um papel crucial em como nossos cérebros se desenvolvem e mantêm a saúde cognitiva ao longo da vida. (5)

Fatores como educação, trabalho e atividades de lazer ao longo da vida podem estimular o crescimento cerebral e a neuroplasticidade, atrasando o declínio cognitivo. (5)

Pesquisas mostram que os padrões de atividade cerebral são estabelecidos desde cedo e podem influenciar nossa saúde cognitiva à medida que envelhecemos. (5)

Mencionamos anteriormente cinco ações que podem ajudar a aprimorar sua memória. No entanto, é importante destacar que a sua dieta também desempenha um papel significativo nesse aspecto.

Já publicamos em nosso blog um artigo sobre alimentos que têm o potencial de melhorar a memória.  Recomendamos que você leia para obter mais informações sobre esse tópico!

Fontes:
  1. SOUSA, Aline Batista; SALGADO, Tania Denise Miskinis. Memória, aprendizagem, emoções e inteligência. Revista Liberato, v. 16, n. 26, p. 101-220, Novo Hamburgo, 2015. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/132515/000982720.pdf. Acesso em 19 set. 2023.
  2. MOURÃO JÚNIOR, Carlos Alberto; FARIA, Nicole Costa. Memória. Psychology/Psicologia Reflexão e Crítica, v. 28, n. 4, p. 780-788. Disponível em: https://www.scielo.br/j/prc/a/kpHrP364B3x94KcHpCkVkQM/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 19 set. 2023.
  3. ARAÚJO, Prisila Oliveira de; SILVEIRA, Emerson Carlos; ROBEIRO, Amanda Maria Villas Bôas, SILVA, Jaqueline Dantas. Promoção da saúde do idoso: a importância do treino de memória. Revista Kairós Gerontologia, v. 15, n. 8, p. 169-183, São Paulo.
  4. CHAVES, José Mário. Neuroplasticidade, memória e aprendizagem: Uma relação atemporal. Rev. Psicopedagogia, v. 40, n. 121, p. 66-75, 2023. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v40n121/07.pdf. Acesso em 19 set. 2023.
  5. GOMES, Erika Carla Cavalcanti; SOUZA, Sandra Lopes de; MARQUES, Ana Paula de Oliveira; LEAL, Márcia Carrera Campos. Treino de estimulação de memória e funcionalidade do idoso sem comprometimento cognitivo: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde, v. 25, n. 6, p. 2193-2202, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/bZsMWdLRfFxbwQbnvpbc88z/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 19 set. 2023.

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