Antioxidantes na prevenção de doenças crônicas

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antioxidantes

Atualmente, a busca por uma vida mais longa e saudável é uma prioridade para muitas pessoas. Diante dos contratempos que podem surgir, os antioxidantes podem atuar como defensores do nosso organismo.

Neste texto, vamos entender de maneira prática e objetiva como essas substâncias podem contribuir na promoção do bem-estar e na proteção contra enfermidades.

O que são antioxidantes e para que servem?

Os antioxidantes são substâncias que defendem os sistemas biológicos dos efeitos prejudiciais causados pelos processos ou reações que resultam na oxidação de moléculas celulares. (1)

O sistema antioxidante tem dois grupos principais: os antioxidantes que o corpo mesmo produz, chamados de endógenos, principalmente as enzimas antioxidantes; e os antioxidantes que obtemos dos alimentos, chamados de exógenos. (1)

Trabalhando juntos, esses grupos antioxidantes podem ajudar a proteger nossas células contra danos causados por radicais livres e processos oxidativos. (1)

Os antioxidantes presentes nos alimentos, após ingeridos, sacrificam-se para neutralizar a ação dos radicais livres. Por isso, é importante repor esses antioxidantes regularmente, consumindo alimentos que os contenham. (1)

Pesquisas, como a realizada por Tesoriere et al. (2004), indicam que uma alimentação abundante em frutas e vegetais pode contribuir para a diminuição dos danos oxidativos em partes importantes do nosso corpo. (1)

Desse modo, os antioxidantes podem atuar em diferentes níveis na proteção dos organismos. Enumeramos algumas ações, veja:

  • Podem evitar a formação de radicais livres, principalmente impedindo reações em cadeia com ferro e cobre. (2)
  • Antioxidantes podem ser capazes de “pegar” os radicais livres gerados pelo nosso corpo ou por fatores externos, evitando que ataquem nossos lipídios, aminoácidos, ácidos graxos e DNA. Isso pode ajudar a evitar danos e a manter a integridade das células. Vitaminas C, E e A, flavonóides e carotenóides que obtemos da comida são super importantes nessa proteçã(2)
  • Outra forma de proteção é consertar os danos causados pelos radicais. Isso envolve reparar o DNA e reconstruir membranas celulares que foram danificadas. (2)
  • Às vezes, o corpo se adapta quando há muitos radicais livres, aumentando a produção de enzimas antioxidantes para se proteger. (2)

antioxidantes

Quais nutrientes são antioxidantes e onde encontrá-los? Anote aí:

1 – Vitamina E

A vitamina E, especialmente o α-tocoferol, está em alimentos como óleo de gérmen de trigo, vegetais verdes, gema de ovo, gordura do leite, manteiga, carne, nozes e óleos vegetais. Ela pode proteger nossas células contra danos causados pela oxidação. (3)

Quando consumimos alimentos ricos em ácidos graxos poli-insaturados (PUFA), que são propensos à oxidação, a necessidade de vitamina E pode aumentar, pois ela é importante como antioxidante. (3)

2 – Flavonoides

Flavonoides, presentes em frutas, vegetais, café, chás, chocolates, vinhos e sucos de uva, são compostos polifenólicos associados à redução do risco de doenças crônicas. Seu possível efeito protetor se deve, em parte, às propriedades antioxidantes, que ajudam a diminuir o estresse oxidativo. (3)

3 – Vitamina C

O ácido ascórbico, presente em frutas como laranjas e morangos, é um antioxidante solúvel em água. Estudos indicam que a vitamina C, proveniente do ácido ascórbico, pode ter efeitos anti-inflamatórios e ser benéfica para a saúde cardiovascular em pessoas com histórico de doenças do coração ou diabetes. (3)

4 – Betacaroteno

O betacaroteno, encontrado em alimentos como cenoura e melão, é uma substância que o corpo usa para fazer vitamina A. Ele pode atuar como antioxidante, ajudando a proteger contra doenças crônicas. Estudos mostram que níveis mais baixos de betacaroteno em certos tecidos podem estar relacionados a problemas cardíacos. (3)

5 – Zinco

O zinco é um mineral que pode ajudar a proteger nossas células contra danos causados pelos radicais livres. Podemos encontrá-lo em alimentos como leite, fígado, moluscos, arenque e farelo de trigo. Sua capacidade de prevenir a peroxidação lipídica está relacionada à habilidade de estabilizar membranas e proteger as células. (1)

6 – Selênio

A castanha-do-Brasil é uma importante fonte dietética de selênio, um elemento conhecido por suas propriedades antioxidantes e anticancerígenas. A quantidade de selênio na castanha varia de acordo com a região de cultivo da planta. (3)

É importante notar que existe um intervalo entre o nível adequado e o tóxico do selênio, com doses tóxicas sendo 100 vezes maiores do que as necessárias para funções fisiológicas. (3) 

antioxidantes

O papel dos antioxidantes na prevenção de doenças

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam um desafio global em saúde, sendo condições multifatoriais que se desenvolvem ao longo da vida. (4)

Essas doenças incluem condições como doenças cardiovasculares (hipertensão arterial sistêmica, infarto agudo do miocárdio, derrame, acidente vascular cerebral, etc.), vários tipos de câncer, doenças respiratórias (Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas – DPOC, asma, bronquite, etc.), doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemias, síndrome metabólica, etc.), doenças renais (insuficiência renal crônica), problemas de saúde mental, entre outras. (4)

A inclusão de alimentos antioxidantes, combinada a hábitos saudáveis, pode ser uma opção para promover a saúde e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas. Antes de explorar as funções específicas dessas substâncias, é importante entender as reações de oxidantes e o estresse oxidativo. (1)

Este último, caracterizado pelo desequilíbrio de radicais livres, pode levar a danos celulares, contribuindo para doenças como câncer e diabetes. O organismo conta com sistemas antioxidantes para combater esses efeitos nocivos. Esse sistema se torna incompleto sem a inclusão de antioxidantes provenientes da dieta. (1, 4)

No tópico em que falamos sobre os nutrientes antioxidantes, discutimos brevemente acerca de seu papel em doenças. Agora, apresentamos novas informações, destacando que alimentos com propriedades antioxidantes oferecem benefícios em condições como doenças cardiovasculares, câncer e problemas associados ao envelhecimento, como Alzheimer e catarata. (4)

Os antioxidantes podem prevenir doenças cardiovasculares e câncer, além de exercer função imunomoduladora

Os carotenoides, encontrados em frutas e vegetais coloridos, como cenouras, abóboras e mangas, podem ajudar a proteger contra doenças cardiovasculares e câncer, agindo como antioxidantes e desempenhando funções imunomoduladoras. (4)

Os antioxidantes podem reduzir o risco de câncer de próstata

O antioxidante licopeno, presente em tomates, melancia, goiaba, pitanga, entre outros, pode estar associado à redução do risco de certos tipos de câncer, especialmente o de próstata. (4)

Os antioxidantes podem reduzir o estresse oxidativo e fortalecer o sistema antioxidante

O selênio, que além da castanha-do-Brasil, também pode ser encontrado em cereais integrais, ostras, carne suína, aves, carne bovina e peixes, pode contribuir para a redução do estresse oxidativo, fortalecendo o sistema antioxidante. (4)

Os antioxidantes podem contribuir para o bom funcionamento das células

O zinco, que podemos adquirir em carnes vermelhas, aves e leite, é muito importante para a integridade das membranas celulares, metabolismo de carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos. (4)

Os antioxidantes podem prevenir o diabetes

Os antioxidantes podem contribuir para a prevenção do diabetes pois podem ajudar a combater os danos causados pelos radicais livres, que aumentam durante a hiperglicemia no diabetes. Vitaminas como C e E, além de outros nutrientes, têm propriedades antioxidantes que podem proteger as células contra esses danos. (3)

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Além disso, fique atento ao nosso blog! Aqui você encontrará muitas outras dicas e orientações para ajudar a manter um estilo de vida saudável e equilibrado. Quem ama se cuida!

Fontes:
  1. SANTOS, Ilgner da Cruz; ANDRADE, Leandro Guimarães de. O papel dos antioxidantes na prevenção de doenças. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 3, São Paulo, 2022.
  2. BIANCHI, Maria de Lourdes Pires; ANTUNES, Lusânia Maria Greggi. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev. Nutr., v. 12, n. 2, p. 123-130, Campinas, 1999. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rn/a/bzHBTqBfJr8jmJn3ZXx9nMs/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 23 nov. 2023.
  3. ZIMMERMANN, Alice Mesquita; KIRSTEN, Vanessa Ramos. Alimentos com função antioxidante em doenças crônicas: uma abordagem clínica. Disc. Scientia. Série: Ciências da Saúde, v. 9, n. 1, p. 51-68, Santa Maria, 2008.
  4. PREVEDELLO, Maiara Trindade; COMACHIO, Gabrieli. Antioxidantes e sua relação com os radicais livres, e Doenças Crônicas Não Transmissíveis: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 6, p. 55244-55285, Curitiba, 2021. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/30840/pdf. Acesso em 23 nov. 2023.

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