Empreendedorismo feminino é Vital!

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Há anos, mulheres vêm lutando por igualdade social e por mais espaço no mercado de trabalho. Felizmente, o empreendedorismo feminino vem crescendo e transformando a realidade de mulheres e suas famílias na sociedade.

Porém, apesar dos avanços, um grande caminho ainda precisa ser percorrido. Sendo assim, é importante tratar esse assunto em todas as mídias para trazer maior visibilidade e credibilidade às mulheres sonhadoras e destemidas que lutam a cada dia pelo reconhecimento genuíno no país e no mundo.

Neste texto, vamos discutir sobre a importância e a representatividade da mulher no empreendedorismo.

Uma trajetória de trabalho e conquista

Durante o decorrer da história, o corpo social utilizava o argumento da diferença biológica para justificar a desigualdade entre homens e mulheres, impondo o gênero feminino como inferior ao masculino. Com a Revolução Industrial, o cenário começou a ser modificado lentamente. Ainda que o número de mulheres empregadas tenha aumentado consideravelmente, tanto a jornada de trabalho quanto os salários eram muito desiguais. (1)

Ainda no século XIX, surgiam algumas reivindicações sobre direitos trabalhistas e igualdade da jornada. Com um mundo cada vez mais industrializado, as mulheres se tornaram assalariadas nas indústrias e oficinas, enquanto mantinham a casa, os filhos e toda a família em ordem. (1)

As 1ª e 2ª Guerras Mundiais fizeram com que elas ganhassem mais espaço no mercado de trabalho, inclinado pela ausência dos homens enviados para combate.  A partir daí, a luta por seus direitos começou a ser mais organizada e movimentos de apoio ganharam forças. (1)

Somente na década de 1970 que as mulheres, no Brasil, começaram a ingressar de modo mais preciso no mercado de trabalho. Inclusive, nos anos posteriores, foram ganhando maior visibilidade dentro do movimento sindical. Foi em 1988, na Constituição Federal, que a mulher conquistou a igualdade jurídica no país, sendo considerada tão capacitada quanto o homem. (1)

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O cenário do empreendedorismo feminino no Brasil

O empreendedorismo possui várias definições, mas podemos dizer que empreender se trata da capacidade de um indivíduo a assumir iniciativas, buscar soluções inovadoras e agir com motivação para desenvolver soluções econômicas e sociais. (2)

O termo “empreendedor social” surgiu na Índia, na década de 1980. No Brasil, ele começou a ser visto anos depois, por volta de 1990. Nesse contexto, o objetivo principal não está voltado somente à lucratividade, mas sim ao desafio de superar problemas sociais e equiparar desigualdades de classe e gênero. (2)

Atualmente, o Brasil conta com cerca de 30 milhões de mulheres que têm seu próprio negócio, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor, destacando um papel cada vez mais importante na economia e sociedade brasileira. Ainda, de acordo com essa instituição, que apresentou dados coletados na edição de 2018, o Brasil está situado na sétima posição do ranking de proporção de mulheres à frente de empreendimentos que tinham menos de 42 meses de existência. (3,4)

Na pandemia, as mulheres também deram um show: uma pesquisa realizada pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME, 2020) demonstrou que, entre as medidas tomadas pelos empreendedores para lidar com o impacto na pandemia, as mulheres se destacam. Elas souberam dar foco às mudanças estratégicas e demonstraram ser mais otimistas e esperançosas. Além disso, um outro ponto vai para o interesse pela capacitação, que, segundo a mesma pesquisa do IRME, foi maior em relação aos homens. (5)

Os desafios para a mulher empreendedora

Mesmo com um cenário positivo em constante melhora, as mulheres ainda enfrentam obstáculos durante a jornada, como o preconceito e discriminação no ambiente de trabalho. Isso sem contar a diferença de oportunidades em relação aos homens, que, infelizmente, ainda existe. Constantemente, mulheres são descredibilizadas apenas por serem mulheres. O preconceito com a pouca idade também aparece aqui. (6,7)

Além desse impasse, a mulher é quem precisa conciliar todas as suas responsabilidades da vida pessoal com a profissional. Nem sempre elas têm alguém para auxiliar nessas tarefas, o que exige bastante da disposição física e mental de cada uma. (6)

Essa conciliação dos múltiplos papéis de mãe, esposa e empreendedora se torna uma das maiores dificuldades. Muitas vezes a autoconfiança pode ser abalada, então destacamos, também, a importância de preservar a saúde mental. (6,7)

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A importância do empreendedorismo feminino

Como contribuição à sociedade, o empreendedorismo feminino age na geração de empregos, que resulta na expansão da economia, oferecendo a realização de um trabalho que sustenta seu crescimento pessoal, profissional e financeiro. (1)

Ter mais mulheres à frente, não só causa um impacto no contexto econômico, mas também provoca uma mudança social significativa. A representatividade feminina em cargos de liderança agrega maior visibilidade às questões de gênero, além de inspirar outras mulheres. (3)

A partir daí é alimentada uma cultura de empoderamento que pode influenciar até mesmo meninas no período da infância a crescerem em busca de algo ou alguém para se encorajarem.

Um outro ponto a se destacar é o fato de que mulheres, quando melhoram suas condições financeiras, são mais propensas a investirem na educação dos filhos, a apoiarem sua comunidade e dar suporte aos seus familiares. Nesse ritmo, vai formando uma rede de solidariedade e parceria, potencializando pessoas! (3)

No dia 8 de março, convidamos você a refletir sobre o papel da mulher empreendedora na sociedade, considerando todos os seus desafios e reconhecendo a força infinita do poder feminino. A Vital apoia mulheres que são donas da própria vida e cuidam de si mesmas, contribuindo para um mundo mais justo e igualitário.

Fontes:
  1. AMORIM, Rosa Oliveira; BATISTA, Luiz Eduardo. Empreendedorismo feminino: razão do empreendimento. Disponível em: <http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170602115149.pdf>. Acesso em 07 fev. 2022.
  2. FEIJÓ, Helaine Fernanda de Oliveira. O papel da liderança feminina no empreendedorismo social. 2020. 40 f. Monografia (Especialização de Gestão de Projetos Sociais para o Terceiro Setor) – Pontíficia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: <https://www.pucsp.br/sites/default/files/download/posgraduacao/programas/6-O-PAPEL-DA-LIDERANCA-FEMININA.pdf>. Acesso em 07 fev. 2022.
  3. POR que o empreendedorismo feminino cresce no Brasil. Mackenzie. Disponível em: <https://blog.mackenzie.br/mercado-carreira/mercado-de-trabalho/por-que-o-empreendedorismo-feminino-cresce-no-brasil/>. Acesso em 07 fev. 2022.
  4. COELHO, Cristiane Ribeiro; QUIRINO, Raquel. Empreendedorismo feminino: representatividade da mulher no mundo dos negócios, seus desafios e potencialidades em tempos de pandemia da Covid-19. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/editora/anais/desfazendo-genero/2021/TRABALHO_COMPLETO_EV168_MD_SA_ID_13122021025306.pdf>. Acesso em 07 fev. 2022.
  5. EMPREENDEDORISMO feminino: em busca de igualdade de gênero. FEI, 2021. Disponível em: <https://portal.fei.edu.br/noticia/319/empreendedorismo-feminino-em-busca-de-igualdade-de-genero>. Acesso em 07 fev. 2022.
  6. EMPREENDEDORISMO feminino: qual a sua importância para a sociedade? SEBRAE, 2021. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/empreendedorismofeminino/artigoempreededorismofeminino/empreendedorismo-feminino-qual-a-sua-importancia-para-a-sociedade,5cef0ab8f5ad7710VgnVCM100000d701210aRCRD>. Acesso em 07 fev. 2022.
  7. ALPERSTEDT, Graziela Dias; FERREIRA, Juliane Borges; SERAFIM, Maurício Custódio. Empreendedorismo feminino: dificuldades relatadas em histórias de vida. Revista de Ciências da Administração, v. 16, n. 40, p. 221-234, 2014. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/2735/273532832015.pdf>. Acesso em 07 fev. 2022.

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