A saúde dos nossos pulmões é essencial para que possamos viver uma vida plena e ativa. Mesmo sendo uma função vital, a respiração muitas vezes é ignorada até que problemas se manifestem.
As doenças respiratórias são a principal causa de internações no Sistema Único de Saúde (SUS) e também contribuem significativamente para a mortalidade infantil. (1) Elas podem afetar qualquer pessoa, independentemente da idade, gênero ou condição social.
Para prevenir e lidar com essas doenças, é importante conhecer seus sintomas. Ao identificar os sinais precocemente, podemos agir proativamente para manter uma boa qualidade de vida.
Por esse motivo, convidamos você a continuar a leitura deste texto, no qual forneceremos informações importantes sobre o tema.
De resfriados a pandemia
Nos últimos 200 anos, o mundo enfrentou uma série de epidemias e pandemias que causaram a morte de milhões de pessoas. Algumas das doenças mais conhecidas são a gripe espanhola, a SARS, a gripe A (H1N1) e a COVID-19. (2)
Todas essas doenças são motivadas por patógenos transmitidos pelo ar, o que significa que podem se espalhar facilmente de uma pessoa para outra, por meio de gotículas respiratórias, como tosse ou espirro. (2)
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças respiratórias são problemas que afetam as vias respiratórias, tanto as superiores (nariz, garganta) quanto as inferiores (pulmões). Elas variam desde infecções comuns, como resfriados, até doenças mais sérias, como pneumonia e tuberculose. (3)
As infecções nas vias respiratórias superiores são comuns e, geralmente, não representam ameaças à vida. Já as infecções nas vias respiratórias inferiores, como gripe, pneumonia e bronquiolite, podem ser mais graves. Essas condições são as principais causas de mortes relacionadas a problemas respiratórios agudos. (3)
Doenças respiratórias agudas e crônicas
As infecções respiratórias agudas são problemas de saúde frequentes que afetam as vias respiratórias, incluindo o nariz, garganta, ouvidos, seios nasais e pulmões. (4)
Essas condições, como resfriados, dores de garganta, infecções de ouvido, sinusites e pneumonias, geralmente são causadas por vírus. (4)
No entanto, em alguns casos, especialmente quando se trata de pneumonia, bactérias também podem estar envolvidas, exigindo tratamento com antibióticos. (4)
Já as doenças respiratórias crônicas são condições de longa duração que afetam tanto as vias aéreas superiores quanto as inferiores. As mais comuns incluem asma, rinite alérgica e doença pulmonar obstrutiva crônica. (5)
Essas condições estão se tornando mais comuns, principalmente entre crianças e idosos, e podem ter um impacto significativo na qualidade de vida. Além de causar desconforto, as doenças respiratórias crônicas podem levar a limitações físicas, emocionais e intelectuais. Isso não tem apenas implicações pessoais, mas também influencia aspectos econômicos e sociais. (5)
A poluição do ar é o principal risco ambiental para a saúde humana
Segundo informações da OMS, 7 milhões de pessoas morrem anualmente por problemas respiratórios relacionados à poluição, como asma e câncer de pulmão. Além disso, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 6,4 milhões de pessoas com mais de 18 anos enfrentam o desafio da asma. (6)
A poluição do ar contém diversas substâncias prejudiciais ao sistema respiratório. Essas substâncias podem causar inflamação nas vias aéreas e danificar os cílios, que são estruturas que ajudam a limpar o ar que respiramos. Os cílios danificados tornam mais difícil para o corpo combater infecções e outras ameaças. (6)
Além das condições ambientais, é importante considerar os fatores genéticos e alérgicos, pois estes desempenham um papel significativo na origem e agravamento das doenças respiratórias. (6)
Quais são os sintomas de doenças respiratórias? Veja os 6 principais:
1 – Tosse
A tosse é um reflexo natural que ajuda a limpar as vias respiratórias. Quando persiste por pelo menos três semanas, torna-se um sinal de alerta. Existem três tipos principais: aguda (até três semanas), subaguda (três a oito semanas) e crônica (mais de oito semanas).(5)
Pode ser seca ou produtiva, e suas causas incluem problemas como resfriados persistentes, asma ou refluxo ácido. Se a tosse continuar, é importante procurar a orientação de um médico para descobrir a causa e receber o tratamento adequado. (5)
2 – Expectoração
A expectoração é quando eliminamos escarro pela boca. Qualquer tipo de expectoração é considerada algo anormal. Podemos observar características como volume, aspecto, cor e cheiro do escarro. Se houver muita expectoração de manhã, pode indicar algumas condições específicas. (5)
3 – Hemoptise
Hemoptise é quando há presença de sangue dos vasos da traqueia, brônquios ou tecido pulmonar. É importante diferenciar isso de sangramento nas vias aéreas superiores ou no trato digestivo superior. (5)
A hemoptise pode indicar várias condições, como tuberculose e bronquiectasias. Se houver qualquer sinal de sangramento ao tossir, é essencial procurar ajuda médica para investigar as causas e receber o tratamento adequado. (5)
4 – Chiado no peito
Também conhecido como sibilância, são sons contínuos e musicais que indicam bloqueio nos tubos de ar dos pulmões. (5)
Isso pode acontecer por diferentes razões, como asma, câncer nos tubos de ar, presença de objetos estranhos, entre outros. É importante verificar se esses sons melhoram após o uso de medicamentos para ajudar a diagnosticar a asma. (5)
5 – Dor no peito
Dor no peito pode acontecer por diferentes razões. Às vezes, é devido a problemas nos ossos ou músculos, como nevralgia intercostal ou costocondrite. (5)
Se essa dor também envolver a parte que cobre os pulmões, pode ser sinal de outros problemas, como pneumonia, ataque cardíaco ou pneumotórax. Não ignore dores no peito e procure ajuda médica se necessário. (5)
6 – Aumento da frequência respiratória e falta de ar
Se a falta de ar aparecer de repente, pode ser um sinal de problemas como asma, embolia pulmonar ou pneumotórax. Se a dificuldade para respirar for constante ao longo do tempo, pode indicar condições crônicas como DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), tumores ou estreitamento da traqueia. (5)
Como evitar doenças respiratórias?
Para evitar o surgimento e propagação de doenças respiratórias, é importante adotar práticas simples, como o uso de máscaras e manter distância de outras pessoas se estivermos com sintomas respiratórios. Essas medidas podem parecer pequenas, mas desempenham um papel crucial na proteção contra doenças. (6)
Outro passo essencial é manter o cartão de vacinação atualizado. A vacinação é uma maneira eficaz de se proteger contra diferentes variantes de vírus, contribuindo para evitar surtos e manter a saúde respiratória. (6)
Por exemplo, a vacina anual contra a gripe é ajustada para combater as cepas mais comuns, oferecendo uma proteção valiosa mesmo quando há variações nos vírus circulantes. (6)
As doenças respiratórias estão entre nós, fato. Por isso, é muito importante cuidar do sistema imunológico, mantendo uma rotina saudável. Estar atento aos principais sintomas dessas doenças e procurar um profissional da saúde assim que eles surgirem também é essencial para o tratamento adequado.
Para saber ainda mais sobre esse assunto, convidamos você a visitar outro texto do nosso blog e conhecer algumas dicas para evitar doenças respiratórias.
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Fontes
- PRATO, Maria Izabel Claus; SILVEIRA, Andressa da; NEVES, Eliane Tatsch; BUBOLTZ, Fernanda Luisa. Doenças respiratórias na infância: uma revisão integrativa. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped., v. 14, n.1, p. 33-9, 2014. Disponível em: – https://journal.sobep.org.br/wp-content/uploads/articles_xml/2238-202X-sobep-14-01-0033/2238-202X-sobep-14-01-0033.x49543.pdf. Acesso em 26 jan. 2024.
- A era das doenças respiratórias: por que continuamos sofrendo com gripe e outros vírus apesar de todos os avanços da medicina? Portal do Butantan, 2022. Disponível em: https://butantan.gov.br/noticias/a-era-das-doencas-respiratorias-por-que-continuamos-sofrendo-com-gripe-e-outros-virus-apesar-de-todos-os-avancos-da-medicina. Acesso em 26 jan. 2024.
- SILVA FILHO, Edivá Basílio et. al. Infecções Respiratórias de Importância Clínica: uma Revisão Sistemática. Revista FIMCA, v. 4, n. 1, 2017. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/33445/Infec%E7%F5es%20Respirat%F3rias%20de%20import%E2ncia%20cl%EDnica%20uma%20revis%E3o%20siatem%E1tica.pdf;jsessionid=0365320F32A86E334D3E32D0AC6D5333?sequence=2. Acesso em 26 jan. 2024.
- ALVIM, Cristina Gonçalves. Saúde da criança e do adolescente: doenças respiratórias. Belo Horizonte: Coopmed; Nescon UFMG, 2009. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/143/1/crianca_adolescente_respiratorias.pdf. Acesso em 26 jan. 2024.
- BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Doenças respiratórias crônicas. Brasília, 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf. Acesso em 26 jan. 2024.
- PECHIM, Lethicia. Poluição pode causar doenças respiratórias. Faculdade de Medicina UFMG, 2020. Disponível em: https://www.medicina.ufmg.br/poluicao-pode-causar-doencas-respiratorias/. Acesso em 26 jan. 2024.