Outubro Rosa: novos estudos relacionam ômega 3 com o tratamento do câncer de mama!

O diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de combater o câncer de mama. Cerca de 95% dos casos descobertos nos estágios iniciais têm chances de cura.
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Muitas pessoas, ao receberem um diagnóstico de câncer, sentem medo, “perdem o chão” e acreditam que vão morrer. Essas reações são compreensíveis uma vez que até o início do século passado, ter câncer era quase uma sentença de morte.

Nos anos 70, com a evolução das cirurgias e dos medicamentos quimioterápicos e da radioterapia, as chances de cura giravam entre 50 a 60%. O problema é que estes tratamentos sozinhos ou combinados costumavam deixar sequelas severas nos pacientes.

CONHEÇA O ÔMEGA 3 QUE É O ALIADO DA SAÚDE DA MULHER!

Somente a partir dos anos 80 é que os estudos sobre o câncer avançaram e deram mais esperança e qualidade de vida aos pacientes.

De lá para cá houve grande avanços como novos métodos de diagnóstico, novas drogas quimioterápicas, as cirurgias ficaram menos invasivas e radioterapia mais focada no local do tumor.

E as boas notícias não param! Aproveitamos o “Outubro Rosa”, mês de prevenção e conscientização sobre o câncer de mama, para mostrar novos estudos que relacionam o ômega 3 com o tratamento desta doença! 

Saiba mais sobre estes estudos:

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1 – Estudos do Departamento de Medicina Interna do Centro Médico da Universidade de Kansas (EUA), associaram dietas ricas em ácidos graxos ômega 3 a um menor risco de câncer de mama;

2 – Outra pesquisa, publicada em “Journal of Medicinal Chemistry” sugere que o ômega 3 pode ajudar no tratamento do câncer ativando os analgésicos naturais do corpo;

3 – Novas pesquisas mostram que uma dieta rica em ácidos graxos ômega 3 podem ajudar a  impedir o crescimento e a disseminação de células de câncer de mama. Essa foi a conclusão de um novo artigo publicado no “Journal of Mammary Gland Biology and Neoplasia”.

Veja como foi feita a pesquisa

O pesquisador Saraswoti Khadge e sua equipe, da Universidade do Nebraska, (EUA), alimentaram dois grupos de roedores fêmeas adultas com dietas quase idênticas.

No entanto, a principal diferença foi que um grupo seguiu uma dieta rica em gorduras poli-insaturadas com ômega 6 derivadas de azeite, enquanto o outro grupo recebeu alimentos contendo óleo de peixe rico em ômega 3.

Em seguida, os pesquisadores injetaram nas roedoras, células de câncer de mama 4T1, que causam a disseminação rápida dos tumores para as glândulas mamárias. Além disso, as células 4T1 podem migrar espontaneamente para outros locais, como ossos, pulmões e fígado.

Após 35 dias, os pesquisadores revelaram os efeitos das duas dietas:

Nas roedoras que receberam óleo de peixe (ômega 3), as células cancerígenas da mama eram “significativamente” menos propensas a se espalhar pelas glândulas mamárias. Os tumores que se desenvolveram nas glândulas mamárias também cresceram muito mais lentamente, o que afetou seu tamanho.

E mais: os tumores das glândulas mamárias no grupo que recebeu o ômega 3 foram 50% menores dos que o das roedoras do grupo que ingeriu ômega 6.

Resumindo: no grupo que recebeu o ômega 3, as células cancerígenas eram menos propensas a se espalhar para outras partes do corpo e as roedoras também tiveram melhores taxas de sobrevivência.

VEJA COMO ALGUNS ESTUDOS MOSTRAM QUE O ÔMEGA 3 PODE SER COADJUVANTE NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA! 

Recorrência:

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Estudos feitos na Universidade da Califórnia (EUA), observaram uma relação importante entre a recorrência do câncer de mama e os ácidos graxos EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA(ácido docosahexaenóico), substâncias que compõem o ômega 3.

Os pesquisadores descobriram que uma maior ingestão de EPA e DHA foi associada com uma redução de 25% na recorrência do câncer de mama, além de diminuir a mortalidade geral em mulheres com câncer de mama em estágio inicial.

De acordo com os estudos, uma razão para isso pode ser o aumento de alguns tipos de citotoxicidade quimioterapêutica, que têm sido relatados com a administração concomitante de DHA com antraciclinas.

Esta maior citotoxicidade resulta na alteração das membranas lipídicas da célula, o que aumenta o agrupamento do receptor de morte das células de câncer da mama tratadas com EPA e DHA.

VEJA TAMBÉM: COMO ESCOLHER UM BOM SUPLEMENTO DE ÔMEGA 3

E como consumir o ômega 3? 

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O ômega 3 pode ser encontrado em bons suplementos ou alimentos. A vantagem dos suplementos é que eles são práticos e seguros.

Por exemplo: sabemos que muitos peixes de águas profundas como arenque, anchova, sardinha, atum e salmão selvagem são fontes de ômega 3.

Entretanto, é preciso ingerir uma quantidade muito grande deste alimento para conseguir todos os benefícios do ômega 3. 

Além disso, os peixes precisam ser preparados para consumo e alguns podem estar contaminados com metais pesados que são despejados nos oceanos.

Os bons suplementos são livres de metais tóxicos e contém a quantidade ideal de EPA e DHA que você precisa por dia. Além disso, é muito fácil incorporá-los na dieta: basta tomar as cápsulas com água!

VOLTANDO AO CÂNCER DE MAMA: PREVENÇÃO AINDA É A MELHOR ATITUDE!

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O diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de combater o câncer de mama. Cerca de 95% dos casos descobertos nos estágios iniciais têm chances de cura.

Esse diagnóstico pode ser feito de duas formas: em casa, pela mulher e pelo médico, através de exames. Veja:

 Autoexame de mama:

– Fique em pé, em frente ao espelho e observe suas mamas. Levante os braços e verifique se há alterações no contorno e na superfície das mamas;

– Em seguida, deixe a mão direita no alto da cabeça e apalpe a mama esquerda. Repita o procedimento com a mão esquerda na mama direita. Faça movimentos leves e suaves com as pontas dos dedos;

– Apalpe as axilas em busca de nódulos, doloridos ou não;

– Comprima os mamilos e verifique se há secreções.

 

Ao sinal de qualquer irregularidade, procure imediatamente seu médico!

 No consultório, o médico pode fazer o exame clínico e pedir uma mamografia, que é o exame mais comum para detectar o câncer de mama.

 

Como você viu, atitudes simples como o autoexame associadas com um estilo de vida saudável, podem salvar sua vida!

 Se você gostou deste conteúdo, repasse-o para as mulheres da sua família e amigas, afinal compartilhar saúde é Vital!

 Referências:

https://link.springer.com/article/10.1007/s10911-018-9391-5
https://breast-cancer-research.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13058-015-0571-6
https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acs.jmedchem.8b00243
Patterson, R. E., Flatt, S. W., Newman, V. A., Natarajan, L., Rock, C. L., Thomson, C. A., … Pierce, J. P. (2010). Marine Fatty Acid Intake Is Associated with Breast Cancer Prognosis. The Journal of Nutrition, 141(2), 201–206.
Fabian, C. J., Kimler, B. F., & Hursting, S. D. (2015). Omega-3 fatty acids for breast cancer prevention and survivorship. Breast Cancer Research, 17(1).
Roy, J., Watson, J. E., Hong, I. S., Fan, T. M., & Das, A. (2018). Antitumorigenic Properties of Omega-3 Endocannabinoid Epoxides. Journal of Medicinal Chemistry, 61(13), 5569–5579.

 

 

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Ele representa uma família de ácidos graxos essenciais que não podem ser fabricados no nosso organismo, sendo que eles se dividem em três tipos: ácido eicosapentaenoico (EPA), ácido docosahexaenoico (DHA) e ácido alfa-linolênico (ALA).

O ômega 3 é fundamental para a formação das membranas celulares e do equilíbrio das funções orgânicas. Ele interfere na atividade das enzimas ligadas às membranas, sendo fundamental para a ação das aminas sobre seus receptores.

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