Será que é possível viver e ser mais feliz com menos e ser mais desapegado dos bens materiais? Não só acreditamos que sim, como também incentivamos uma reflexão sobre a maneira que nos relacionamos com as coisas e como escolhemos o que ter e consumir nessa vida. Ser mais consciente sobre o que realmente importa é necessário, pode resultar em mais qualidade de vida e, ainda, contribuir para um mundo mais saudável e sustentável para todos!
É preciso buscar a harmonia entre a satisfação, preservação do meio ambiente e o bem-estar social! (1)
Ações individuais refletem na coletividade e, por isso, fazer boas escolhas é olhar para si e para o outro. Se não mudarmos nossos comportamentos em relação ao consumo, futuras gerações sofrerão com a escassez. (1)
Consumir de maneira consciente coloca em cima da mesa fatores além do preço e da marca. É preciso levar em consideração o meio ambiente, a saúde humana e animal e as relações justas de trabalho. (2)
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do portal de Educação Financeira “Meu Bolso Feliz” apontou que 17% das pessoas não sabem “muito bem o que fazer” para praticar o consumo consciente. (2)
Levando em conta esse dado e a necessidade quase que urgente de uma mudança significativa da nossa relação com o consumo, separamos algumas dicas que podem nos tornar mais conscientes na hora de consumir!
Veja:
01: Pensar antes de comprar e escolher bem a empresa de onde vai comprar.
Realmente é preciso adquirir aquele novo produto? Se a resposta for sim, que tal analisar criteriosamente a empresa que está vendendo ele? Ela demonstra responsabilidade com o meio ambiente e com a sociedade? Algumas dicas para acertar nas escolhas é dar preferência para empresas que possuem selos verdes e para produtos locais que movimentam a economia da sua região, além de optar por produtos mais duráveis ao invés dos descartáveis. (2)
02: Pratique a coleta seletiva.
No momento de descartar resíduos, cheque o que pode ser reutilizado e reciclado. Verifique a possibilidade de trocar ou doar algum item antes de jogá-lo fora. Ao reutilizar produtos, diminuímos o uso de energia, água e recursos naturais utilizados na produção de novos produtos e ao reciclar, transformamos bens usados em matérias-primas e podemos gerar emprego e renda para as pessoas que trabalham com a coleta. (2)
03: Economize energia.
Com pequenas mudanças como apagar a luz do ambiente que não está sendo utilizado e desligar aparelhos domésticos quando não estiver usando, economizamos recursos e diminuímos o impacto ambiental. (2,3)
04: Evite o desperdício de água.
Podemos fazer isso ao não demorar no banho, fechar a torneira enquanto lavamos a louça e escovamos os dentes. (4)
05: Não compre produtos piratas ou contrabandeados.
Assim, combatemos o crime organizado e a violência, além de contribuir com empresas que geram empregos responsáveis e estáveis. (5)
06: Se possível substitua o carro pela bicicleta ou pelo transporte público.
Assim, diminuímos a liberação de agentes poluentes. (4)
07: Opte por empresas que não testam seus produtos em animais.(4)
08: O consumo consciente também está no nosso prato!
O mundo sofre com mudanças climáticas, escassez de recursos naturais e insegurança alimentar. Reduzir a perda e o desperdício de alimentos deve ser prioridade de todos nós! O mundo descarta, aproximadamente, um terço do alimento produzido globalmente, o que equivale a 1,3 bilhão de toneladas por ano! (6)
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) incentiva a transição para um sistema alimentar saudável e sustentável e define dietas sustentáveis como “aquelas de baixo impacto ambiental, que contribuem para a segurança alimentar e nutricional e para uma vida saudável para as presentes e futuras gerações. Estas são protetoras e respeitam ecossistemas e a biodiversidade, culturalmente aceitáveis, acessíveis e justas economicamente; nutricionalmente adequadas, seguras e saudáveis; além de otimizar recursos naturais e humanos”(FAO, 2010 apud BARONE, 2018). (7)
Sendo assim, evitar o desperdício de alimentos e se servir apenas com o que for comer já é um passo para um consumo mais consciente na alimentação.
“Vamos ser mais felizes se a nossa vida afetiva for melhor, não pelo que podemos consumir”, Hélio Mattar.(1)
Repensar e mudar comportamentos começam em pequenas atitudes do nosso dia a dia e, se repetidas, fazem muita diferença. Cobrar ações dos órgãos públicos também é um dever daqueles que desejam viver em um mundo mais consciente e com mais responsabilidade social e ambiental.
Por onde você vai começar a mudança hoje?
FONTES:
- CONSUMO consciente. Ministério da Economia, 2006. Disponível em <https://www.gov.br/inmetro/pt-br/assuntos/noticias/consumo-consciente>. Acesso em 14 dez. 2020.
- OLIVEIRA, Tinna. Governo Federal, 2015. Disponível em <https://www.gov.br/mma/pt-br/noticias/noticia-acom-2015-07-1003>. Acesso em 14 dez. 2020.
- FERNANDES, Vivian D. Couto. Consumo consciente: em busca de um instrumento que determine o perfil deste consumidor. 2012. 105 f. Dissertação (Pós-graduação em Administração) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2012. Disponível em <https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/11972/1/d.pdf>. Acesso em 14 dez. 2020.
- OLIVEIRA, Tinna. Governo Federal, 2016. Disponível em <https://www.gov.br/mma/pt-br/noticias/noticia-acom-2016-10-1918>. Acesso em 14 dez. 2020.
- CONHEÇA os 12 princípios do consumo consciente. Akatu, 2011. Disponível em <https://www.akatu.org.br/noticia/conheca-os-12-principios-do-consumo-consciente/>. Acesso em 14 dez. 2020.
- PERDAS e desperdício de alimentos. EMBRAPA. Disponível em <https://www.embrapa.br/tema-perdas-e-desperdicio-de-alimentos/sobre-o-tema>. Acesso em 14 dez. 2020.
- BARONE, Bruna et al. Sustentabilidade de alimentação sustentável: percepção e o comportamento dos consumidores brasileiros.Secretaria de Agricultura e Abastecimento – Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Saudável, São Paulo, 2018. Disponível em <http://consea.sp.gov.br/arquivos/premio/2018/10-Sustentabilidade-e-alimentacao-sustentavel-percepcao-e-o-comportamento-dos-consumidores-brasileiros.pdf>. Acesso em 14 dez. 2020.