Ômega 7 e Diabetes: entenda essa relação

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Com as novas e agitadas rotinas da sociedade moderna, nossa alimentação é cada vez mais inadequada, deficiente de nutrientes e com o sedentarismo nos rondando. Como consequência, estamos mais suscetíveis a uma série de doenças como a obesidade e a síndrome metabólica, que aumentam consideravelmente os riscos de surgimento do temido diabetes tipo 2.

No Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivem com a doença, o que representa 6,9% da população.(1) Com um crescimento alarmante, o diabetes é considerado uma epidemia mundial e a estimativa é que, até 2025, o número possa chegar a 300 milhões de pessoas diabéticas no mundo.(6)

A boa notícia é que você pode se prevenir adotando atitudes simples: hábitos saudáveis, exercícios físicos e, principalmente, uma alimentação balanceada podem te deixar fora dessas estatísticas. A inclusão de algumas substâncias chaves no cotidiano também fazem a diferença na luta contra o diabetes. É o caso do ômega 7 e, neste texto, vamos explicar como ele pode ser um importante aliado.

Primeiramente, o que é diabetes?

Diabetes é uma doença crônica que surge quando o corpo não produz insulina ou não consegue empregar de forma correta a insulina que produz naturalmente. A insulina é o hormônio responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Precisamos desse hormônio para utilizar a glicose que obtemos na alimentação como fonte de energia. Sem a insulina, o nível de glicose no sangue fica elevado e, se esse quadro permanecer por períodos longos, pode ocorrer danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. (1)

Famosos, porém nem sempre compreendidos, os ácidos graxos são grandes aliados contra diversas doenças, em especial o diabetes. No geral, os ácidos graxos são importantes moléculas de sinalização celular, que têm a capacidade de modular o metabolismo das células e tecidos.(5) O ômega 7 é um tipo de ácido graxo ainda não muito conhecido, que possui papel importantíssimo na prevenção do diabetes.

Imagem Ilustrativa

Ômega 7

O ômega 7 (também conhecido como ácido palmitoléico na literatura médica), foi o último dos ômegas a ser descoberto. Diferente dos ômegas 3 e 6, este ácido graxo não é considerado essencial, o que significa que nosso organismo produz a substância.

Comparado ao ômega 3, o ômega 7 ainda não é muito conhecido, porém possui grandes benefícios para a saúde e longevidade. (4) Atualmente, já existem evidências que ele atua na regulação do metabolismo, combate fatores que causam a síndrome metabólica, auxilia no equilíbrio do colesterol e pode diminuir consideravelmente os riscos de desenvolvimento de uma série de doenças. (2)

O ômega 7 é encontrado em alimentos como o óleo de macadâmia, salmão e no abacate.(2) A substância também pode ser inserida na alimentação por meio de suplementos, uma ótima opção devido às doses concentradas e possibilidade de atrelar o uso a mais elementos benéficos à saúde.

Depois de entender um pouco mais sobre ácidos graxos, vamos agora nos aprofundar na relação entre essa substância e a importância que ela tem na prevenção do diabetes.

Imagem Ilustrativa

Ômega 7 e diabetes

Muitas pesquisas ainda estão em andamento para comprovar todos os benefícios do ômega 7. Hoje, já existem evidências de que ele pode diminuir consideravelmente os riscos de desenvolvimento do diabetes tipo 2.(2)

Cientistas da Harvard Medical School e da Cleveland Clinic, instituições mundialmente conceituadas, têm investigado a fundo esta substância. Os resultados mostram que o ômega 7 é um divisor de águas na luta contra os distúrbios metabólicos causadores de males como diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e até mesmo o câncer. Esses pesquisadores descobriram que o ômega 7 tem propriedades essenciais para regularizar a função metabólica do açúcar e da gordura no sangue. (4)

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que os níveis de ômega 7 no sangue se correlacionavam de forma significativa e muito positiva com a sensibilidade à insulina, independente da idade, sexo e grau da gordura corporal, dando uma vantagem a essas pessoas na hora do organismo descartar o açúcar no sangue.(4) Isso porque o ômega 7 atua como um sinal hormonal que aumenta a sensibilidade do fígado e dos músculos à insulina. (3)

Em outro estudo que envolveu mais de 3.700 adultos, pessoas com os níveis de ômega 7 mais altos apresentaram níveis mais elevados de colesterol HDL, popularmente conhecido como “colesterol bom” (1,9%), níveis mais baixos de triglicérides (19%) e uma menor proporção de colesterol total-HDL (4,7%). Em conclusão, notaram-se que os indivíduos com níveis mais altos de ômega 7 circulante tiveram um risco 62% menor de desenvolver diabetes tipo 2. (4)

A prevenção é sempre o melhor caminho a ser escolhido quando falamos da nossa saúde. Por isso, investir em um estilo de vida saudável é tão relevante nos dias atuais, quando facilmente nos deixamos em segundo plano para cuidar de outros assuntos que julgamos mais urgentes ou relevantes momentaneamente. Visitas periódicas ao seu médico e exames de rotinas são fundamentais para este cuidado.

Esteja sempre acompanhado de profissionais que possam auxiliá-lo na manutenção da sua saúde e orientá-lo quanto a mudanças de dieta, inclusão de novas substâncias e suplementos na sua alimentação. Cuide-se!

Fontes:

  1. O QUE é Diabetes. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em <https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/oque-e-diabetes>. Acesso em 30 mar. 2021.
  2. ÔMEGAS, as gorduras do bem. Hospital Sírio-Libanês, 2018. Disponível em <https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/Omegas-as-gorduras-do-bem.aspx>. Acesso em 30 mar. 2021.
  3. QUEIROZ, Jean César Farias de et al. Conteole da adipogênese por ácidos graxos. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 53, n. 5, p. 582-594, São Paulo, 2009. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302009000500011&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em 30 mar. 2021.
  4. MEIRA, Paulo. Ômega-7. Paulo Meira Endocrinologia e Metabologia. Disponível em <http://www.paulomeira.com.br/2018/08/09/omega-7/>. Acesso em 30 mar. 2021.
  5. LOPES, Andressa Bolsoni. 2014. 21 f. Efeitos do ácido palmitoleico na captação e metabolismo de glicose e triacilglicerol em adipócitos branco. Teses (Doutorado em Ciências) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-19112014-103920/publico/AndressaBolsoniLopes_Doutorado_P.pdf>. Acesso em 30 mar. 2021.
  6. RIBEIRO, Hellen. Ômega 3 e Diabetes Mellitus tipo 2. Faculdade de Saúde Pública – Universidade de São Paulo, 2016. Disponível em <https://www.fsp.usp.br/crnutri/index.php/2016/01/20/omega-3-e-diabetes-mellitus-tipo-2/>. Acesso em 30 mar. 2021.

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Chegou a hora de falar sobre ômega 7!

Ao contrário dos ômegas 3 e 6, este ácido graxo não é considerado essencial, o que significa que ele é produzido pelo organismo. Porém, com o envelhecimento, diminuímos a quantidade produzida desse composto. Sendo assim, é interessante que tenhamos um consumo dele via alimentação, para mantermos níveis ideais de ômega 7 no organismo e continuar nos beneficiando com as suas ações metabólicas.

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