Apesar de grande parte da população já ter ouvido falar sobre a desidratação, muitas pessoas não sabem que ela oferece sérios riscos à nossa saúde.
Nesse texto, vamos explicar quais podem ser esses riscos e como identificar os sintomas, além de dar dicas para que a desidratação não seja um problema por aí.
O que é a desidratação?
A desidratação é caracterizada pela baixa quantidade de água e também pela falta de líquidos orgânicos e sais minerais no organismo, próximo de impedir que o corpo consiga realizar suas funções normalmente. (2)Ela pode ser classificada em três níveis: leve, moderada e, o mais preocupante, grave. (1)
A desidratação pode ser secundária, acontecendo em decorrência de outros problemas como diarreias agudas. Além disso, ela pode afetar todas as faixas etárias, mas, geralmente, se torna mais preocupante quando ocorre em crianças (em especial, recém-nascidos e lactantes) e idosos. (2)
As causas de desidratação podem ser várias. Ela pode ocorrer quando a água é eliminada do nosso corpo por meio da transpiração, da respiração, da urina e fezes e até das lágrimas se não ingerirmos água adequadamente. (2)
Em problemas como vômitos, febre e diarreia e dias de muito calor(em que suamos mais) também podem causar a desidratação se não ingerirmos líquido suficiente. (2)
Quem tem diabetes também pode ter desidratação por conta do aumento do número de micções e até pelo excesso de medicamentos ou produtos diuréticos. (2)
Tipos de desidratação
Agora que sabemos o que é a desidratação, vamos entender quais são os tipos:
– Isotônica: é a mais comum entre elas e é caracterizada pela perda de sais minerais e água no organismo; (1)
– Hipertônica: aparece quando perdemos mais água do que sódio no organismo; (1)
– Hipotônica: a mais rara entre as três, é quando perdemos mais sódio do que água no organismo. (1)
Principais sintomas da desidratação
Nos níveis leve e moderado, os principais sintomas são boca e pele secas, sede exagerada, falta ou pouca produção de lágrimas, olhos fundos, diminuição de suor e, em bebês, a moleira afundada. (1)
Outros sintomas podem aparecer, como:(1)
– Dor de cabeça;
– Fraqueza;
– Sonolência;
– Aumento da frequência cardíaca;
– Cansaço;
– Tontura.
Quando a desidratação está no nível grave, esses sintomas podem acabar se agravando, levando a pessoa a ter queda de pressão, convulsões, perda de consciência, coma, falência de órgãos e até a morte. (1)
Desidratação em crianças
Como citamos, a desidratação em crianças pode ser muito preocupante.
Devido a fragilidade no sistema imunológico e do quadro nutricional, elas estão mais suscetíveis a sofrer com esse mal. Especialmente nos primeiros seis meses de vida, o leite materno é a melhor ferramenta para prevenir a desidratação. (2,3)
A partir do momento que a água passa a ser introduzida na rotina do bebê, é importante que isso seja feito adequadamente. Uma dica é que seja oferecida em pequenas quantidades e em curtos espaços de tempo. O uso de roupas leves e claras quando está muito calor também pode ajudar a evitar um quadro de desidratação. (1,2)
É importantíssimo ficarmos atentos em crianças com quadros de diarreia ou vômitos e, nessas condições, oferecer a elas ainda mais água. (4)
Desidratação em idosos
Além da criança, a desidratação também oferece riscos aos mais velhos. Com a chegada da idade, é comum ter menos sede, suar mais e, também, ter as respostas renais comprometidas, gerando maior probabilidade de desidratar, especialmente em períodos de mudanças bruscas na temperatura. (5)
Segundo especialistas, a causa mais comum de hospitalização e morte em idosos é a desidratação. (5)
Sinais como vômito, febre e diarreia merecem ser tratados rapidamente. Além disso, idosos que fazem o uso de medicamentos como diuréticos e sedativos também precisam de mais atenção, especialmente quando eles precisam de ajuda para ingerir líquidos. (5)
Como citamos, o aumento da ingestão de líquidos em um quadro de desidratação é essencial e, além da água, veja algumas ideias de consumo no dia a dia para melhorar essa questão:(5)
– Sopas;
– Chás;
– Frutas;
– Leite;
– Legumes frescos;
– Laticínios.
É importante fazer com que o idoso se hidrate o dia todo, em pequenas quantidades, para que não corra o risco de ter desidratação. (5)
Soro caseiro pode ajudar
Tanto para os idosos quanto para crianças e adultos, essa receitinha, que muitas avós já compartilharam por aí, pode ajudar a combater a desidratação, principalmente quando há vômito e diarreia. (1)
É bem simples:(1)
– 1 litro de água mineral, água fervida (é necessário esperar esfriar) ou filtrada;
– 1 colher pequena de café com sal;
– 1 colher de sopa grande de açúcar.
Além de hidratar, o soro caseiro também repõe os minerais que estão abaixo do ideal no organismo.
Como prevenir a desidratação:
– Além de beber muita água, a pessoa pode ingerir alimentos que têm grande quantidade de água, como é o caso do pepino e do melão, por exemplo. E é importante não substituir a água por refrigerante ou qualquer outra bebida açucarada. (6)
– Evite exposição solar desnecessária, especialmente nos dias mais quentes.(1)
– Evite o consumo de álcool, pois ele aumenta a perda de líquido pela urina; (1)
– Evite praticar exercícios físicos nas horas mais quentes do dia; (1)
– Use roupas leves e claras.(1)
Água é vital!
Além de nos manter hidratados, ela também melhora o humor, a concentração e a memória! (3)
Se você é daqueles que esquece de tomar água, hoje, com a tecnologia, é possível usar aplicativos para te lembrar dessa tarefa tão importante, sabia? Use-os a seu favor!
Um profissional pode te ajudar a compreender a quantidade diária necessária para você manter a hidratação lá em cima! Se notar sintomas de desidratação, é essencial procurar um médico.
Fontes:
-
SERGIPE – Governo do Estado. Nutricionista explica como identificar se o organizamos está desidratado. Secretaria de Estado da Saúde, 2019. Disponível em <https://www.saude.se.gov.br/nutricionista-explica-como-identificar-se-o-organismo-esta-desidratado/>. Acesso em 12 mar 2021.
-
BRUNA, Maria Helena Varella. Desidratação. Drauzio Varella. Disponível em <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/desidratacao/>. Acesso em 12 mar 2021.
-
APRENDA a reconhecer os sinais de desidratação em todas as idades. Unimed Fortaleza, 2019. Disponível em <https://www.unimedfortaleza.com.br/blog/cuidar-de-voce/sintomas-e-sinais-de-desidratacao>. Acesso em 12 mar 2021.
-
LEAL, Maria do Carmo; SILVA, Rosana Iozzi da; GAMA, Silvana G. Nogueira da. Percepção materna da desidratação em crianças com diarreia. Estudo de concordância com diagnóstico médico. Rev. Saúde Públ., v. 24, n. 3, p. 196-203, São Paulo, 1990. Disponível em <https://www.scielosp.org/article/rsp/1990.v24n3/196-203/pt/>. Acesso em 12 mar 2021.
-
ARAÚJO, Maria Lúcia Azevedo. A desidratação no idoso. 2013. 63 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Fernando Pessoa – Faculdade Ciências da Saúde, Porto, 2013. Disponível em <https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4177/1/Tese%20-%20A%20desidrata%c3%a7%c3%a3o%20no%20idoso.pdf>. Acesso em 12 mar 2021.
-
O QUE acontece com o corpo quando você deixa de beber água? BBC News Brasil, 2016. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160424_agua_desidratacao_fn>. Acesso em 12 mar 2021.