Já abordamos a diversidade de benefícios do magnésio algumas vezes aqui no blog.
Você pode conferir a importância deste mineral no nosso corpo clicando neste link:https://vitalblog-dev.actionlabs.com.br/qual-a-importancia-do-magnesio-no-corpo-e-quando-suplementar/ e, se quiser saber como ele pode contribuir no tratamento contra a ansiedade e depressão, é só clicar neste: https://vitalblog-dev.actionlabs.com.br/magnesio-no-combate-depressao-ansiedade/.
Agora, você vai entender melhor como ele atua no nosso sistema neuromuscular. Vamos lá?!
Anatomia e fisiologia do sistema neuromuscular
– Sistema Nervoso Central:
Ele é constituído por redes neuronais que estão integradas e regulam uma grande parte das funções do nosso organismo. Um exemplo da sua ação é a coordenação de movimentos voluntários modulados por informações sensoriais. No Sistema Nervoso Central, temos o encéfalo, local em que ocorre um alto nível de integração sensorial e atividades conscientes e, também, temos a medula espinhal,onde ocorrem muitas atividades motoras reflexas e circuitos neurais que estão diretamente associados à execução de movimentos, sendo eles voluntários ou não. (1)
– Músculos:
Temos três tipos que se diferenciam na organização celular e nas propriedades contrácteis. São eles: (1)
– Esqueléticos (ou estriados);
– Lisos;
– Cardíacos.
Entre as principais funções dos músculos, em especial dos esqueléticos, estão: (1)
– Produzir movimento;
– Estabilizar a articulação;
– Manter a postura;
– Produzir calor.
Para cumprirem essas funções, eles exercem quatro propriedades: (1)
– Excitação elétrica;
– Contração;
– Extensão;
– Elasticidade.
Caso você não saiba da importância do magnésio no nosso organismo, explicamos melhor nesta publicação: https://vitalblog-dev.actionlabs.com.br/qual-a-importancia-do-magnesio-no-corpo-e-quando-suplementar/. Não deixe de conferir!
O magnésio e os músculos: entenda essa relação
No sistema neuromuscular, o magnésio está presente de maneira participativa na transmissão neuroquímica e na excitabilidade muscular, atuando no controle da atividade elétrica cardíaca, na contração muscular e no funcionamento das células nervosas.(2)
De uma maneira mais simples de explicar, enquanto o cálcio atua como estimulador da contração muscular, o magnésio age no relaxamento do músculo.(2)
Esse micronutriente essencial que, como já mostramos acima, exerce uma grande importância no nosso organismo, participa de muitos processos que afetam a função muscular, como: (3)
– Consumo de oxigênio;
– Produção de energia;
– Equilíbrio de eletrólitos.
A deficiência de magnésio pode resultar em hiperexcitação neuromuscular.(4)
Os principais sintomas neuromusculares de deficiência de magnésio no organismo podem ser:(2)
– Cãibras;
– Fasciculações (espasmos musculares);
– Parestesia (formigamento);
– Letargia (cansaço, fadiga);
– Fraqueza muscular;
– Tremores;
– Ataxia (apatia);
– Nistagmo (movimento involuntário dos olhos);
– Tetania (contrações musculares intermitentes, acompanhadas de tremores, paralisias e dores musculares);
– Mioclonia (contrações musculares súbitas e involuntárias, especialmente em mãos e pés);
– Irritabilidade neuromuscular;
– Convulsões.
Magnésio e Atividades Físicas
Quando praticamos alguma atividade, tendemos a aumentar a produção de radicais livres e antioxidantes. É pela alimentação que fornecemos antioxidantes para o organismo, e o déficit deles na dieta e de substâncias importantes podem resultar em estresse oxidativo. O magnésio é uma dessas substâncias super importantes, pois participa do metabolismo energético, da contração muscular e da regulação dos transportes de íons. (5)
Quando estamos em falta deste mineral, é possível notar um aumento da peroxidação lipídica e a diminuição da atividade antioxidante. Sendo assim, aumenta a resposta inflamatória no corpo. (5)
No que se trata o desempenho físico, quando há falta deste mineral, podem surgir lesões musculares mais sérias, deixando os músculos mais suscetíveis à infiltração de macrófagos e neutrófilos e também ao rompimento do sarcolema. Quando isso acontece, dificulta a regeneração e pode diminuir o desempenho físico. (5)
Não fornecer quantidade necessária de magnésio ao organismo, aumenta a exigência de oxigênio para concluir exercícios submáximos e pode reduzir a performance em exercícios endurance. (5)
Atletas tendem a ter perdas elevadas de magnésio através da urina e do suor em períodos de treinamento intenso. Por isso, sua necessidade deste mineral pode ser entre 10 e 20% maior do que as recomendações atuais para pessoas sedentárias. (5)
Por isso, a suplementação pode ser considerada para a melhora da função celular, revertendo um quadro de deficiência. (5)
Fique atento à sua saúde e vá periodicamente ao médico!
Gostou desse artigo? Compartilhe com alguém especial.
FONTES:
-
CHAUD, Vitor Martins. Modelagem do sistema neuromuscular humano para estudo de contrações isométricas. 2013, 130 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2013. Disponível em <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3142/tde-30072013-204749/publico/Dissertacao_VMChaud_unprotected.pdf>. Acesso em 22 set. 2020.
-
MONTEIRO, Thaís Helena; VANNUCCHI, Helio. Funções plenamente reconhecidas de nutrientes – magnésio. ILSI Brasil. São Paulo, v. 16, 2010. Disponível em <https://ilsi.org/brasil/wp-content/uploads/sites/9/2016/05/16-Magne%CC%81sio.pdf>. Acesso em 22 set. 2020.
-
AMORIM, Samuel; LOUREIRO, Nuno. Magnésio e exercício físico. Federação Portuguesa de Ciclismo. Disponível em <https://www.fpciclismo.pt/ficheirossite/16102014094602.pdf>. Acesso em 22 set. 2020.
-
Os minerais na alimentação. Aditivos & Ingredientes. P. 33-44. Disponível em <https://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201805/2018050469345001525704512.pdf>. Acesso em 22 set. 2020.
-
BARBOSA, Mirceli Goulart et al. Micronutrientes na atividade física: um enfoque nos minerais. EFDEPORTES.COM. Revista Digital, n. 15, Buenos Aires, 2010. Disponível em <https://www.efdeportes.com/efd145/micronutrientes-na-atividade-fisica.htm>. Acesso em 05 out. 2020.