Quantas vezes você já ouviu falar sobre a função antioxidante em determinados produtos ou alimentos mas não sabia ao certo o que isso significava? Ouve-se muito sobre o combate aos radicais livres e estresse oxidativo, mas poucas pessoas entendem a forma como eles afetam a saúde e a importância de reduzir esses efeitos no organismo.
Já que compartilhar conhecimento é Vital, na publicação de hoje vamos esclarecer esse assunto para que você possa viver cada vez mais consciente nesse caminho de conquistar uma vida mais saudável.
A história começa com os radicais livres
Os radicais livres são átomos ou moléculas que contêm um ou mais elétrons não pareados na sua última camada. Isso quer dizer que a reatividade é uma característica dessa substância, ou seja, ela pode reagir quimicamente com outras moléculas ao seu redor. (1)
A origem dos radicais livres podem ser endógena ou exógena. A principal fonte endógena são as mitocôndrias, que produzem radicais livres por meio da cadeia transportadora de elétrons durante a produção de energia. (2,3)
Já a procedência exógena, por sua vez, é provocada por fatores externos, como tabagismo, poluição, radiação, medicamentos, pesticidas, solventes industriais, entre outros.(1)
Os radicais livres fazem parte de um processo contínuo e fisiológico, cumprindo funções biológicas relevantes. Sua produção, em proporções adequadas, possibilita a geração de ATP (energia), fertilização do óvulo, ativação de genes e participação de mecanismos de defesa durante o processo de infecção. O problema é que a produção excessiva de radicais livres pode conduzir a danos oxidativos, então o sistema de defesa antioxidante entra em cena. (4)
O sistema de defesa antioxidante chega para a ação
O nosso organismo conta com um sistema antioxidante para modificar e eliminar os radicais livres em excesso, impedindo que eles causem efeitos nocivos ao nosso corpo. O sistema é formado por antioxidantes endógenos, como as enzimas antioxidantes, e pelo sistema exógeno, constituídos por antioxidantes provenientes da dieta. (4,5)
Os mecanismos de ação do sistema de defesa antioxidante podem ser resumidos em 3 partes:
- Ação preventiva: trata-se da primeira linha de defesa, em que os antioxidantes previnem as reações dos radicais livres com substâncias biológicas; (5)
- Mecanismo de varredura: em que os antioxidantes atuam interrompendo as reações de oxidação; (4,5)
- Sistema de reparo: os antioxidantes favorecem o reparo e a reconstituição das estruturas biológicas lesadas. (4)
Qual a influência do estresse oxidativo no equilíbrio do organismo?
A oxidação é parte fundamental da vida aeróbica e do metabolismo celular. O estresse oxidativo, por outro lado, ocorre quando há o acúmulo desbalanceado de radicais livres, que sobrepõem a proteção antioxidante do organismo. (3,5)
Os danos oxidativos às células causados por esse estresse podem causar o desencadeamento de processos inflamatórios, um dentre outros fatores que estão diretamente ligados ao desenvolvimento de patologias como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares, além de outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). (5)
E tem mais: esses danos também incluem ataques sobre as macromoléculas, tais como DNA, lipídios, açúcares e proteínas. Ainda, é possível destacar que o acúmulo de danos oxidativos em diversos níveis celulares levam ao declínio funcional, acelerando o processo de envelhecimento do organismo. (2)
Então, para modificar ou eliminar os radicais livres e impedir seus efeitos prejudiciais ao corpo, o organismo humano conta com o sistema de defesa antioxidante, como citamos no tópico anterior. (5)
Prevenindo o estresse oxidativo com os nutrientes certos
Um método para prevenir o estresse oxidativo é garantir que o corpo obtenha antioxidantes suficientes pela dieta, entre os quais se destacam: vitaminas, minerais e compostos fenólicos. (4) A seguir, listamos alguns aliados para você ficar sempre de olho:
- Vitamina C, também conhecida como Ácido Ascórbico; (4)
- Flavonoides (composto fenólico encontrado em frutas, hortaliças, cereais e sementes); (5)
- Carotenoides (presente em alimentos que variam do amarelo ao vermelho, incluindo frutas, legumes, hortaliças, ervas e temperos); (5)
- Minerais, como zinco, cobre, selênio e magnésio; (4)
- Licopeno, luteína e zeaxantina. (4)
Aqui no blog, já abordamos diversos conteúdos sobre antioxidantes. Confira 5 tipos de alimentos antioxidantes e saiba onde encontrá-los.
Agora que você já sabe o que são os radicais livres e compreende a sua relação com os danos causados pelo estresse oxidativo – como o maior risco de desenvolver doenças crônicas e acelerar o envelhecimento -, chegou o momento de fortalecer o seu sistema de defesa antioxidante para que a sua saúde permaneça sempre em dia.
Inclua os nutrientes certos na rotina e seja feliz! Compartilhe essa publicação com os amigos para que eles também descubram a melhor maneira de preservar a saúde e viver cada vez melhor.
Fontes:
- VELLOSA, José Carlos Rebuglio et. al. Estresse oxidativo: uma introdução ao estado da arte. Brazilian Journal of Development, v.7, n. 1, p. 10152-10168, Curitiba, 2021.
- ENGERS, Vanessa Krüger; BEHLING, Camile Saul; FRIZZO, Matias Nunes. A influência do estresse oxidativo no processo de envelhecimento celular. Revista Contexto & Saúde, v. 10, n. 20, p. 93-102, 2011.
- DUDA, Naila Cristina Blatt. Estresse oxidativo. 2013. 9 f. Seminário (Pós-Graduação em Ciências Veterinárias) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2013. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2013/10/estresse-oxidativo-Naila.pdf>. Acesso em 07 nov. 2022.
- BARBOSA, Kiriaque B. Ferreira et al. Estresse oxidativo: conceito, implicações e fatores modulatórios. Rev. Nutr., v. 23, n. 4, 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rn/a/Fvg4wkYjZPgsFs95f4chVjx/?lang=pt>. Acesso em 07 nov. 2022.
- MENDES, Ana Paula Alves; PEREIRA, Rafaela Corrêa; ANGELIS-PEREIRA, Michel Cardoso de. Estresse oxidativo e sistemas antioxidantes: conceitos fundamentais sob os aspectos da nutrição e da ciência dos alimentos. Tecnologia de Alimentos: Tópicos Físicos, Químicos e Biológicos, v. 2, p. 297-312. Disponível em: <https://downloads.editoracientifica.org/articles/200800988.pdf>. Acesso em 07 nov. 2022.