Ansiedade e alimentação: qual a relação?

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ansiedade

A ansiedade é um desafio significativo para a saúde mental que afeta milhões de brasileiros. Somos, inclusive, reconhecidos como o país com a maior prevalência de pessoas ansiosas, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). (1)

Considerada por muitos estudiosos o “mal do século”, a ansiedade pode se manifestar discretamente na rotina diária, inclusive na relação com a comida. (2)

Neste texto, vamos descobrir de que forma a ansiedade pode orientar nossas escolhas à mesa. E, além disso, como os hábitos alimentares podem exercer uma influência profunda sobre o estado emocional e a qualidade de vida. Continue lendo para saber mais!

Uma preocupação excessiva com o futuro

A origem da palavra ansiedade remonta ao latim anxius, que se traduz como inquietação e angústia. Essa condição é reconhecida por acelerar o pensamento e antecipar possíveis ameaças. (3)

Os sintomas dos transtornos de ansiedade podem levar a uma sensação de falta de ar, resultando em hiperventilação. Isso, por sua vez, pode causar sintomas como dor, tremores, inquietação, boca seca, sudorese, arrepios, tremores, vômitos, palpitações, dores abdominais, e outras mudanças biológicas e bioquímicas devido à hiperatividade do sistema nervoso autônomo. (3)

Considerando o lado técnico, é importante perceber a ansiedade como um fenômeno que pode ser benéfico ou prejudicial, dependendo das circunstâncias ou intensidade. (4)

Em alguns casos, ela pode se tornar patológica, afetando negativamente nosso funcionamento mental e corporal. A ansiedade pode motivar ações, mas, em excesso, tem o efeito oposto, inibindo reações. (4)

ansiedade

Ansiedade e alimentação: uma relação recíproca

A relação entre ansiedade e comida é complexa e influenciada por diversos fatores. O ato de se alimentar vai além da necessidade de sobrevivência e é moldado por valores individuais e contextos sociais. (2)

O comportamento alimentar é fortemente influenciado pelas emoções. Por exemplo, pessoas que estão se sentindo ansiosas podem comer mais alimentos ricos em açúcar ou gordura, como chocolate ou sorvete, como forma de se sentirem melhor. (2, 6)

A ansiedade desencadeia desvios no comportamento alimentar, podendo levar a excessos na ingestão de alimentos, mesmo sem necessidade. Dessa forma, a interação entre ansiedade e alimentação é recíproca: a ansiedade influencia os hábitos alimentares e os padrões alimentares afetam o estado emocional. (2)

É importante estarmos conscientes da influência da ansiedade no nosso comportamento alimentar, para que possamos tomar decisões mais saudáveis. (2)

Neurotransmissores: serotonina e triptofano

A relação entre ansiedade e alimentação é mediada pelos neurotransmissores, que são substâncias químicas facilitadoras da comunicação neuronal no cérebro. (6)

O estresse e a ansiedade, exacerbados pelos hábitos alimentares contemporâneos, podem desencadear transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. (6)

Pesquisas buscam utilizar neurotransmissores, especialmente a serotonina, como ferramenta para controlar a ansiedade. A serotonina, derivada do triptofano presente em alimentos, desempenha um papel crucial na regulação do humor e da saciedade. (6)

A ausência de triptofano na dieta está associada a alterações na síntese de serotonina, resultando em sintomas ansiosos. Alimentos ricos em triptofano, como leite, ovos, carnes e cereais integrais, desempenham um papel fundamental. (6)

Dessa forma, uma alimentação equilibrada pode impactar positivamente a saúde física, além de desempenhar um papel importante na conexão entre ansiedade e alimentação. (6)

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Saúde emocional e alimentação: como elas se relacionam?

A relação entre ansiedade e escolhas alimentares rápidas pode resultar em prejuízos para a saúde. Isso pode contribuir para o aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes e colesterol. (7)

Transtornos alimentares, muitas vezes, têm início na adolescência, sendo essencial abordar essas questões com uma boa alimentação e exercícios físicos. (7)

Para manter uma boa saúde, é importante consumir alimentos ricos em vitaminas e nutrientes, como vitaminas A, C, D, K e do complexo B, ômega 3, zinco e selênio. (7)

Esses nutrientes podem desempenhar um papel na regulação do cortisol, promover a produção adequada de hormônios do humor, como a serotonina, e auxiliar na saúde intestinal. A deficiência dessas vitaminas e nutrientes pode estar associada à ansiedade e impactar o sistema imunológico. (7)

Cuidados com a microbiota intestinal são essenciais para a absorção de vitaminas responsáveis pelo funcionamento do sistema nervoso. O uso de probióticos, aliado a uma alimentação equilibrada, é fundamental para garantir um bom funcionamento intestinal e prevenir doenças intestinais. (7)

Portanto, a escolha de uma dieta saudável é muito importante não apenas para a saúde física, mas também para o bem-estar emocional. Esse ato pode ser uma medida preventiva contra os impactos negativos do estresse, da ansiedade e da depressão. (7)

Em conclusão, ansiedade e hábitos alimentares estão interligados, um afeta o outro. O equilíbrio emocional e físico é afetado por preocupações futuras e escolhas alimentares impulsivas.

A mensagem é clara: cuidar da alimentação é um passo fundamental para garantir não apenas um corpo saudável, mas também uma mente equilibrada.

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Além disso, fique atento ao nosso blog! Aqui você encontrará muitas outras dicas e orientações que podem ajudar a manter um estilo de vida saudável e equilibrado. Quem ama se cuida!

FONTES: 
  1. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. CNS promoverá live sobre saúde mental dos trabalhadores no Brasil. 2023. Disponível em: – https://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/2971-27-04-live-transtornos-mentais-e-adoecimento-no-ambiente-de-trabalho-como-enfrentar. Acesso em 08 jan. 2024.
  2. SILVA, Yzabele Cristina Honorio da; SANTOS, Maria Emília Taveira. A relação entre ansiedade e comportamento alimentar. 2022. 23 f. Artigo científico (Bacharelado em Psicologia) – Faculdades Integradas ASMEC, Ouro Fino, 2022. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/asmec/wp-content/uploads/sites/10006/2023/05/TCC-ARTIGO-CIENTIFICO-BANCA-CORREÇÃO-2.pdf. Acesso em 08 jan. 2024.
  3. DA SILVA, Mirelle Andrade. Transtornos de ansiedade e impactos nutricionais: uma revisão integrativa. 2021. 62 f. Monografia (Bacharelado em Nutrição) – Centro Universitário AGES, Paripiranga, 2021.
  4. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Ansiedade. 2011. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/224_ansiedade.html. Acesso em 08 jan. 2024.
  5. SANTOS, Ana Lúcia Lima dos et. al. Relação entre ansiedade e consumo alimentar: uma revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 11, n. 8, 2022. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/31325/26729/356072. Acesso em 08 jan. 2024.
  6. SOUZA, Dalila Teotonio Bernardino; LÚCIO, Jordânia de Morais; ARAÚJO, Aiene Silva. Ansiedade e alimentação: uma análise inter-relacional. In: Congresso Brasileiro de Ciências da Saúde, 2, 2017, Campina Grande. Anais eletrônicos… Campina Grande, 2017. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/29060 . Acesso em 08 jan. 2024.
  7. NILO, Alice Oliveira; SILVA, Tainá de Carvalho da. A influência do estresse e da ansiedade na alimentação. 2022. 20 f. Artigo Científico (Bacharelado em Nutrição) – Centro Universitário AGES, Paripiranga, 2022.

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