Como aliviar cólica menstrual? Confira 8 dicas!

Share on facebook
Share on twitter
cólica menstrual

Se você é uma adolescente ou mulher jovem, provavelmente já enfrentou a temida cólica menstrual. Essa dor incômoda é um problema ginecológico muito comum que afeta cerca da metade das mulheres em idade reprodutiva. (1)

Em alguns casos, a dor é tão intensa que pode atrapalhar as atividades do dia a dia. Por isso, é um assunto que merece nossa atenção e cuidados especiais.

Neste texto, vamos compartilhar algumas dicas valiosas para aliviar a cólica menstrual e tornar esse período mais tranquilo e confortável. Afinal, toda ajuda é bem-vinda para enfrentar esse desafio e aproveitar melhor a vida!

Cólica menstrual, uma dor conhecida pelas mulheres

A cólica menstrual, também conhecida como dismenorréia, é a dor que algumas mulheres sentem no baixo ventre (região abaixo do umbigo) durante o período menstrual. Essa dor costuma aparecer pouco antes ou no início da menstruação e pode continuar por um ou dois dias. (2,3)

Além da dor, a cólica menstrual pode trazer outros sintomas desconfortáveis, como dor nas costas e nas pernas, náuseas e vômitos, dor de cabeça, irritabilidade e sensação de fraqueza. (3)

Os principais fatores relacionados à cólica menstrual são: (4)

  • Idade até 30 anos;
  • Nuliparidade (nunca ter tido filhos);
  • Tabagismo (fumar) ativo e passivo (estar exposto ao fumo de outras pessoas);
  • Menarca (primeira menstruação) antes dos 12 anos;
  • Sangramento menstrual intenso;
  • Maior duração do ciclo ou do sangramento menstrual;
  • Fluxo menstrual irregular;
  • Ocorrência de sintomas pré-menstruais;
  • Suspeita clínica de doença inflamatória pélvica;
  • Uso de dispositivos intrauterinos (rilização);
  • Histórico de agressão sexual;
  • Índice de massa corporal (IMC) abaixo de 20 kg/m2; 

cólica

Quais os tipos de cólica menstrual?

A cólica menstrual é classificada em dois tipos: primária (essencial, intrínseca, funcional ou idiopática) e secundária (sintomática, extrínseca, adquirida ou orgânica). (5) Vamos falar um pouco mais sobre cada uma delas a seguir:

lica menstrual primária

A cólica menstrual primária é a dor que muitas mulheres sentem durante o período menstrual. É algo comum e considerado normal. O principal motivo por trás dessa cólica é a liberação de algumas substâncias, como as prostaglandinas e leucotrienos, quando estamos menstruadas. Essas substâncias causam uma resposta inflamatória que gera contrações uterinas. (2,4)

Com o passar do tempo, esse tipo de cólica menstrual tende a diminuir, especialmente à medida que a mulher envelhece, depois de ter filhos ou com o uso de pílulas anticoncepcionais. (4)

lica menstrual secundária

A cólica menstrual secundária é aquela que acontece devido a outras condições de saúde, como endometriose (que é a causa mais comum), adenomiose, miomas uterinos e doença inflamatória pélvica. (4)

Essa cólica tem sintomas e sinais diferentes daquela da cólica menstrual primária. Se você suspeita que tem cólica menstrual secundária, é importante procurar um profissional ou serviço de saúde para uma avaliação diagnóstica adequada. (4)

Sinais de alerta para a cólica secundária: (3) 

  • Piora progressiva dos sintomas;
  • Dor pélvica fora do período menstrual;
  • Dor durante a relação sexual (dispareunia);
  • Sangramento uterino anormal;
  • Problemas renais congênitos (malformações renais);
  • Ter familiares com histórico de endometriose;
  • Falha nos tratamentos clínicos realizados. 

8 dicas para aliviar a cólica menstrual

  1. Dieta balanceada e rica em ômega-3: ajuda a reduzir a intensidade das dores menstruais, diminuindo os efeitos das substâncias chamadas leucotrienos e prostaglandinas. (3)
  2. Parar de fumar (se for o caso): pode ajudar a aliviar a cólica menstrual. (3)
  3. Acupuntura: uma opção que pode proporcionar alívio para a dismenorreia. (3)
  4. Reposição de vitamina D: estudos sugerem possíveis benefícios como parte do tratamento, reduzindo a produção de prostaglandinas, mas ainda não há dados conclusivos para recomendar isso rotineiramente. (3)
  5. Prática de exercícios físicos: pode ser recomendada para aliviar a dor da cólica menstrual, aumentando a vasodilatação e aliviando o desconforto. (3,5)
  6. Uso de calor local: bolsa de água quente, banhos mornos e massagens relaxantes podem ser eficazes no tratamento da cólica menstrual e comparáveis a alguns analgésicos, como o ibuprofeno. (3,5)
  7. Modificações na dieta: diminuir o consumo de sal e açúcar refinado cerca de 7 a 10 dias antes da menstruação pode ajudar a reduzir os sintomas associados à dismenorreia, como a retenção de líquidos. Algumas mulheres relatam alívio dos sintomas ao mudar para uma dieta com menos alimentos gordurosos. (5)
  8. Alimentação equilibrada: incluir quantidades adequadas de macro e micronutrientes, vitaminas e minerais, como cálcio, magnésio e vitamina B6, também é importante. Esses nutrientes ajudam a controlar os sintomas e trazem inúmeros benefícios para a saúde física, mental e social da mulher. (5)

Em relação à medicação, o tratamento da cólica menstrual geralmente começa com o uso de anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno. Esses medicamentos ajudam a aliviar a dor bloqueando substâncias inflamatórias no corpo. É importante tomar o medicamento um ou dois dias antes do início da menstruação e continuar usando nos primeiros dois a três dias do período. (3)

Se os anti-inflamatórios não aliviarem a dor, é preciso procurar outras possíveis causas da cólica. Evite usar opióides, principalmente se você é jovem, pois eles podem causar dependência e resistência ao tratamento. (3)

Outra opção é usar contraceptivos hormonais, que podem ajudar a controlar a dor regulando as variações hormonais do ciclo menstrual. Esses contraceptivos também são úteis para quem precisa de métodos contraceptivos ou não pode tomar anti-inflamatórios por motivos de saúde. Existem diferentes tipos de contraceptivos hormonais disponíveis e todos eles podem ser eficazes para aliviar a cólica menstrual, mas devem, claro, partir de uma prescrição médica. (3)

Em conclusão, é essencial lembrar que a cólica menstrual é uma condição comum e tratável, mas é importante procurar ajuda médica para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado. Cada mulher é única e o que funciona para uma pessoa pode não ser eficaz para outra.

O médico poderá avaliar a gravidade dos sintomas, identificar possíveis causas secundárias e orientar sobre as melhores opções de tratamento, incluindo medicamentos e terapias complementares.

Além disso, o acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar qualquer mudança nos sintomas e garantir uma abordagem integrada para melhorar a qualidade de vida durante o período menstrual.

Não hesite em compartilhar suas preocupações e buscar apoio, pois cuidar da saúde é uma prioridade e pode fazer toda a diferença para uma vida mais confortável e plena.

Fontes:
  1. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Cólicas menstruais. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/J8NzCbZLHrcbzMHgD5phXLw/?lang=pt. Acesso em 25 jul. 2023.
  2. TRONCON, Júlia Kefalás; ROSA-E-SILVA, Ana Carolina J. de Sá; REIS, Rosana Maria dos. Dismenorreia: abordagem diagnóstica e terapêutica. Femina (publicação oficial da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), v. 48, n.9, 2020. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/colicas-menstruais/. Acesso em 25 jul. 2023.
  3. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Guia de prática clínica: sinais e sintomas do aparelho genital feminino: dismenorreia. Brasília, 2017. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/FeminaZ09Z-ZWeb.pdf. Acesso em 25 jul. 2023.
  4. ACQUA, Roberta Dall; BENDIN, Tania. Dismenorreia. Femina, v. 43, n. 6, p.273-276, 2015. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/Profar-vol2-Dismenorreia-FINAL-TELA%20001.pdf. Acesso em 25 jul. 2023.
  5. NOGUEIRA, Andreza; PRADO, Devanir S. Vieira; CAPUTO, Lucelia R. Gaudino; RABELO, Elen Maria. Influência da alimentação na prevenção e tratamento da síndrome pré-menstrual. Revista Científica Online, v. 12, n.2, 2020. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2015/v43n6/a5327.pdf. Acesso em 25 jul. 2023.
  6. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Dismenorreia primária: tratamento. Rev. Assoc. Med. Bras., v. 59, n. 5, 2013. Disponível em: http://www.atenas.edu.br/uniatenas/assets/files/magazines/INFLUENCIA_DA_ALIMENTACAO_NA_PREVENCAO_E_TRATAMENTO_DA_SINDROME_PRE_MENSTRUAL.pdf. Acesso em 25 jul. 2023.

Deixe um comentário

Deixe aqui seu e-mail pra receber conteúdos incríveis sobre qualidade de vida.

Share on facebook
Share on twitter

VEJA TAMBÉM